Introdução: A depressão pós-parto é um transtorno mental que afeta uma parcela significativa das mulheres após o parto, com sintomas que incluem tristeza profunda, perda de interesse em atividades, irritabilidade, choro frequente, sentimentos de desamparo e desesperança, falta de energia, desinteresse sexual, transtornos do sono, ansiedade, e sentimentos de incapacidade de lidar com novas solicitações. Este transtorno tem implicações significativas para a saúde da mãe e do recém-nascido, incluindo a adesão ao aleitamento materno. Objetivo: Investigar a influência da depressão pós-parto na adesão ao aleitamento materno e na saúde do recém-nascido. Metodologia: A metodologia seguiu o checklist PRISMA, com a busca de publicações realizada nas bases de dados PubMed, Scielo, e Web of Science. Os descritores utilizados para a busca foram “depressão pós-parto”, “aleitamento materno”, “saúde do recém-nascido” e “aleitamento materno”. Foram incluídos na revisão artigos publicados nos últimos 10 anos, com os seguintes critérios de inclusão: estudos que abordavam a depressão pós-parto e sua influência na adesão ao aleitamento materno e na saúde do recém-nascido; estudos que apresentavam resultados baseados em dados empíricos; e estudos publicados em inglês, português ou espanhol. Os critérios de exclusão foram: estudos que não abordavam diretamente o tema; estudos que não apresentavam resultados baseados em dados empíricos. Resultados: Os resultados da revisão sistemática, baseado em 12 estudos selecionados, indicaram que a depressão pós-parto pode influenciar negativamente a adesão ao aleitamento materno. Mulheres que apresentaram depressão na gestação e no pós-parto têm grande dificuldade em criar o vínculo mãe-filho e não se sentem capazes de cuidar de seus filhos. Além disso, crianças que são expostas a quadros depressivos acabam tendo prejuízos em relação ao desenvolvimento cognitivo e motor, mudanças de temperamento repentino e, em seu estado nutricional pela falta de amamentação materna exclusiva (AME) até o sexto mês de vida. Conclusão: Em conclusão, a depressão pós-parto tem um impacto significativo na adesão ao aleitamento materno e na saúde do recém-nascido. Intervenções precoces e preventivas envolvendo mães com sintomas sugestivos de depressão pós-parto são necessárias e podem reduzir o impacto deste quadro no aleitamento materno e no desenvolvimento infantil.
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IGOR COSTA SANTOS
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