Introdução: A vulvovaginite na infância é uma condição comum, caracterizada pela inflamação da mucosa vulvar e vaginal. Esta condição pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo hábitos de higiene inadequados, doenças sistêmicas, sintomas digestivos, urinários, cutâneos, conformação anatômica dos genitais e corpos estranhos intravaginais. Em alguns casos, a vulvovaginite pode ser um indicativo de abuso sexual infantil, pois o abuso pode resultar em infecções sexualmente transmissíveis, incluindo vaginite tricomonal. No entanto, é importante ressaltar que a presença de vulvovaginite não é uma indicação definitiva de abuso sexual, pois existem muitas outras causas possíveis para essa condição. Objetivo: Investigar a associação entre a vulvovaginite na infância e o abuso sexual infantil. Metodologia: Foram utilizadas as bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, com cinco descritores específicos para a pesquisa. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos últimos dez anos, estudos que abordam explicitamente a associação entre vulvovaginite na infância e abuso sexual infantil, e estudos que utilizam uma metodologia clara e rigorosa. Os critérios de exclusão foram: estudos que não abordam explicitamente a associação entre vulvovaginite na infância e abuso sexual infantil, estudos que não utilizam uma metodologia clara e rigorosa, e estudos que não foram publicados em revistas científicas revisadas por pares. Resultados: Foram selecionados 12 estudos sobre o tema. Embora exista uma associação entre a vulvovaginite na infância e o abuso sexual infantil, a presença de vulvovaginite não é uma indicação definitiva de abuso sexual. Além disso, os resultados destacaram a importância de considerar uma variedade de fatores ao avaliar casos de vulvovaginite na infância, incluindo hábitos de higiene, doenças sistêmicas e a presença de corpos estranhos. Conclusão: Embora a vulvovaginite possa ser um indicativo de abuso sexual, existem muitas outras causas possíveis para essa condição. Portanto, é crucial que os profissionais de saúde avaliem cada caso individualmente e considerem uma variedade de fatores ao fazer um diagnóstico. Além disso, é importante que sejam realizadas mais pesquisas para entender melhor essa associação e desenvolver estratégias eficazes para a prevenção e o tratamento da vulvovaginite na infância.
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IGOR COSTA SANTOS
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