Introdução: Obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal, que pode causar prejuízos à saúde. É considerada uma doença crônica, multifatorial e de difícil tratamento, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A obesidade está associada a diversas comorbidades, como diabetes, hipertensão, dislipidemia, doenças cardiovasculares, osteoartrite, apneia do sono, entre outras. A obesidade resulta de um desequilíbrio entre a ingestão e o gasto energético, que pode ser influenciado por fatores genéticos, ambientais, comportamentais, hormonais e psicológicos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a epidemiologia, a fisiopatologia e o tratamento farmacológico da obesidade. Metodologia: A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Scielo e Web of Science, utilizando os descritores "obesidade", "epidemiologia", "fisiopatologia" e "tratamento farmacológico". Foram incluídos artigos publicados nos últimos 10 anos, em português ou inglês, que abordassem os aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e terapêuticos da obesidade. Foram excluídos artigos que não fossem originais, que tivessem baixa qualidade metodológica ou que não estivessem relacionados ao tema. Foram selecionados 20 artigos, que foram analisados de acordo com o checklist PRISMA. Resultados: Foram selecionados 14 estudos. Os resultados mostraram que a obesidade é uma epidemia global, que atinge cerca de 13% da população adulta e 5% da população infantil. A obesidade é mais prevalente em países de baixa e média renda, em mulheres, em idosos e em grupos socioeconômicos desfavorecidos. A obesidade é causada por uma interação complexa entre fatores genéticos, epigenéticos, ambientais e comportamentais, que afetam o balanço energético e a homeostase metabólica. A obesidade altera a função e a secreção de diversos hormônios, como leptina, insulina, grelina, adiponectina, cortisol, entre outros, que regulam o apetite, a saciedade, o gasto energético e o armazenamento de gordura. A obesidade também provoca um estado inflamatório crônico, que contribui para a resistência à insulina, a disfunção endotelial e a aterosclerose. O tratamento farmacológico da obesidade visa reduzir o peso corporal, melhorar os parâmetros metabólicos e prevenir as complicações associadas. Os medicamentos disponíveis atualmente atuam em diferentes alvos, como o sistema nervoso central, o trato gastrointestinal, o tecido adiposo e o pâncreas. Os principais fármacos são: orlistat, sibutramina, liraglutida, fentermina, topiramato, bupropiona e naltrexona. O tratamento farmacológico deve ser individualizado, monitorado e associado a mudanças no estilo de vida, como dieta e exercício. Conclusão: A conclusão é que a obesidade é uma doença complexa, que envolve múltiplos fatores e que representa um grave problema de saúde pública. A compreensão dos mecanismos fisiopatológicos da obesidade é fundamental para o desenvolvimento de novas estratégias de prevenção e tratamento. O tratamento farmacológico da obesidade deve ser baseado em evidências científicas e considerar os benefícios e os riscos de cada medicamento.
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IGOR COSTA SANTOS
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