Introdução: A insegurança alimentar é uma realidade global, afetando particularmente populações vulneráveis. Este estudo busca analisar o impacto da insegurança alimentar na saúde nutricional dessas populações, considerando fatores socioeconômicos, acesso a alimentos e suas consequências para o estado nutricional. Compreender essas relações é crucial para orientar políticas públicas e intervenções que visem mitigar os efeitos adversos na saúde. Objetivo: O objetivo central desta pesquisa é investigar o impacto da insegurança alimentar na saúde nutricional de populações vulneráveis. Almejamos identificar padrões de associação entre insegurança alimentar e indicadores de saúde, como desnutrição, deficiências de nutrientes e condições relacionadas à má alimentação. Além disso, pretendemos propor estratégias de intervenção baseadas nos resultados obtidos. Metodologia: Para atingir os objetivos propostos, adotamos uma abordagem mista que combina análise de dados secundários e estudos de caso. Inicialmente, realizamos uma revisão sistemática da literatura, examinando estudos epidemiológicos e pesquisas que abordam a relação entre insegurança alimentar e saúde nutricional em populações vulneráveis. Além disso, conduzimos estudos de caso em comunidades específicas, envolvendo entrevistas, questionários e análises antropométricas para compreender as nuances locais desse fenômeno. Resultados: Os resultados da revisão sistemática destacam uma correlação significativa entre insegurança alimentar e uma série de problemas nutricionais. Populações vulneráveis enfrentam maior risco de desnutrição, deficiências de vitaminas e minerais essenciais, e taxas elevadas de obesidade relacionada à má qualidade nutricional dos alimentos acessíveis. A insegurança alimentar também está associada a condições de saúde crônicas, como diabetes e hipertensão, indicando um impacto abrangente na saúde. Os estudos de caso revelam que, em comunidades vulneráveis, a insegurança alimentar muitas vezes resulta de acesso limitado a alimentos nutritivos, falta de renda para aquisição adequada e carência de conhecimentos sobre nutrição. Esses fatores combinados contribuem para padrões alimentares desfavoráveis, exacerbando as disparidades na saúde nutricional. Considerações Finais: Este estudo reforça a ligação intrínseca entre insegurança alimentar e saúde nutricional em populações vulneráveis. A escassez de recursos, o acesso limitado a alimentos saudáveis e a falta de educação nutricional perpetuam ciclos prejudiciais à saúde. Políticas públicas eficazes devem abordar esses determinantes sociais, promovendo iniciativas que visem não apenas garantir a disponibilidade de alimentos, mas também educar e capacitar comunidades para tomar decisões alimentares mais saudáveis. Propomos intervenções baseadas em abordagens sustentáveis, como o fortalecimento de programas de agricultura local, educação nutricional comunitária e subsídios para acesso a alimentos saudáveis. Além disso, é imperativo considerar a perspectiva da comunidade nas políticas formuladas, garantindo uma abordagem culturalmente sensível e adaptada às necessidades específicas de cada população vulnerável. Este estudo ressalta a necessidade urgente de estratégias integradas para abordar a insegurança alimentar e melhorar a saúde nutricional em populações vulneráveis. A implementação efetiva dessas estratégias não só promoverá o bem-estar individual, mas também contribuirá para a construção de comunidades mais saudáveis e resilientes.
Comissão Organizadora
IGOR COSTA SANTOS
Comissão Científica