Veneno bruto do sapo Rhinella marina exerce efeito cardiovascular mediado pelos receptores ?1-adrenérgicos

Veneno bruto do sapo Rhinella marina exerce efeito cardiovascular mediado pelos receptores ?1-adrenérgicos

• Autor
• Cintia Vieira dos Santos
• Co-autores
• Gisele Facholi Bomfim , Fernando Silva Carneiro , Adilson Paulo Sinhorin
• Resumo

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  Introdução: O sapo da espécie Rhinella marina é muito abundante no Brasil. Seu veneno possui grande quantidade de bufadienolídeos, que tem importante bioatividade descrita. Assim, buscamos caracterizar a atividade vascular deste veneno em aorta de ratos Wistar machos. Métodos: O veneno foi coletado, processado e o extrato alcóolico obtido foi utilizado nos experimentos. A reatividade vascular foi estudada por meio de curvas concentração-resposta para R.marina (10 ng/mL a 200 ?g/mL) em segmentos arteriais na presença e ausência de endotélio. Os potenciais mecanismos de ação envolvidos na resposta foram avaliados. Nos testes in vivo, o veneno foi injetado via intravenosa nas concentrações de 0,1 a 0,8 mg/kg. Resultados: O veneno promoveu vasoconstrição, na presença e ausência de endotélio. A incubação com L-NAME confirmou a modulação endotelial da resposta via NOS. Houve redução na resposta contrátil máxima após incubação com indometacina (27,7%), nifedipino (54,8%) e BQ-123 (11,6%). A incubação com ketanserina motivou deslocamento da curva à direita. Após incubação com losartan os vasos apresentaram tendencia de aumentar a contratilidade, enquanto a apocinina não foi eficaz em alterá-la. O prazosin diminuiu expressivamente a resposta contrátil (64,9%), em potência e em eficácia, sugerindo que a contração induzida pelo veneno seja mediada pela via adrenérgica. Ao testar a atividade da NA+/K+ ATPase, observamos aumento da porcentagem de relaxamento após incubação com o veneno, indicando que o composto potencializa a repolarização promovida por esta enzima. Após administração intravenosa in vivo, houve aumento imediato e transitório da pressão arterial média com diminuição da frequência cardíaca, acentuados durante o tempo de infusão do veneno e nas maiores concentrações testadas. Conclusão: O veneno do sapo R.marina possui uma ação vasoconstritora importante e o entendimento de sua dinâmica farmacológica pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos com enfoque cardiovascular.

   

• Palavras-chave
• Rhinella marina, aorta, reatividade vascular, venenos de anfíbios.
• Área Temática
• Vídeo-pôster / Sala 3 - Fisiologia Vascular

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