Exercício Físico Combinado Modula a Disbiose Intestinal Reduzindo o Risco Cardiovascular em Mulheres com Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica

Exercício Físico Combinado Modula a Disbiose Intestinal Reduzindo o Risco Cardiovascular em Mulheres com Doença Hepática Gordurosa Não-Alcoólica

• Autor
• Thiago Luiz Novaga Palacio
• Co-autores
• Hugo Tadashi Kano , Bruna Aguiar Mansano , Mariana Santoro Nakagaki , Ana Carolina Malacize Escorce , Fabiane Valentini Francisqueti-Ferron , Felipe Sarzi , Juliana Silva Siqueira , Taynara Aparecida Vieira , Artur Junio Togneri Ferron , Roberto Carlos Burini
• Resumo

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  A Doença hepática gordurosa não-alcoólica(DHGNA) é a doença hepática mais frequente na população ocidental e está intimamente associada ao sedentarismo, sendo as doenças cardiovasculares(DCVs) sua principal causa de mortalidade. O estilo de vida ocidental culmina em disbiose intestinal caracterizada pela endotoxemia metabólica(EM) com maior liberação de lipopolissacarídeos(LPS), resultando em maior síntese de agentes lipotrópicos hepáticos como o N-óxido-trimetilamina(TMAO), considerado fator de risco independente para DCVs. O exercício físico tem sido avaliado como abordagem terapêutica não medicamentosa na prevenção e tratamento de DCVs associadas à disbiose na DHGNA. Logo, o objetivo foi avaliar o efeito do exercício físico combinado(EC) na modulação da disbiose e risco cardiovascular de mulheres com DHGNA. Metodologia: Foram avaliadas 85 mulheres com DHGNA, participantes do programa de mudança do estilo de vida "Mexa-Se Pró-Saúde”(MEV). O MEV constituiu de EC: exercício aeróbio[10min aquecimento+30min de aeróbio (70-80%FCmáx)] mais musculação (40min:3x12repetições;70-80%1RM). O Índice de Gordura Hepática(IGH) foi calculado a partir do: Índice de Massa Corporal(IMC), circunferência abdominal(CA), triglicerídios(TG) e gama-glutamiltransferase(GGT), no qual IGH>60=presença de DHGNA. Antes e após o MEV foram avaliados: o IGH, EM, indicadores hemodinâmicos e de risco para DCVs(doença arterial coronariana: DAC). Os dados foram expressos de acordo com a tendência central e variabilidade. Foram realizados os testes t pareado, Wilcoxon e de McNemar, com p<0,05. Resultados: Após 10 semanas, houve melhora nos parâmetros da DHGNA, com reduções do IGH(p<0,001), CA(p=0,02) TG(p<0,001) e ?-GT(p<0,001). Além disso, foram observadas reduções do LBP(p=0,02) e do TMAO(p=0,01). Por fim, o EC reduziu o moderado risco para DAC de 44,7% para 32,9%, enquanto o elevado risco para DAC reduziu de 42,3% para 28,2%. Conclusão: O EC é estratégia na modulação da disbiose, reduzindo o TMAO e, consequentemente, o risco cardiovascular de mulheres com DHGNA.

   

• Palavras-chave
• Exercício físico combinado, Disbiose intestinal, Doenças cardiovasculares, Doença hepática gordurosa não-alcoólica
• Área Temática
• Vídeo-pôster / Sala 10 -"Female in focus" no estudo do sistema cardiovascular

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