Inflamassoma NLRP3 participa das alterações cardiorrenais induzida por cocaína

  • Autor
  • Alexandre Santos Bruno
  • Co-autores
  • Karla Caroline Marques de Oliveira , Alessandra Oliveira Silva , Anna Júlia de Castro Lima , Carla Speroni Ceron , Stefany Bruno de Assis Cau
  • Resumo
  •  

    A cocaína tem como mecanismo de ação a inibição dos transportadores da recaptação de noradrenalina e dopamina, acarretando exacerbada e prolongada ativação do sistema nervoso simpático. Esta ativação excessiva pode gerar consequências hemodinâmicas, estruturais e funcionais para os rins e coração. Em paralelo, a ativação do inflamassoma NLRP3 é essencial para a clivagem de citocinas pró-inflamatórias e para desencadear morte celular programada, por meio de piroptose. Entretanto, pouco ainda é conhecido sobre esta ativação do inflamassoma NLRP3 pela cocaína e potenciais danos cardiorrenais associados. Nossa hipótese é que a cocaína leva a alterações pró-hipertróficas e pró-oxidativas, gerando remodelamento e disfunção cardiorrenal, sendo estes mecanismos mediados pela ativação do inflamassoma NLRP3. Para testar essa hipótese, animais C57BL/6 machos com 12 semanas de vida, selvagens ou nocautes (KO) para os genes das proteínas NLRP3 e CASP-1, foram submetidos à salina ou à cocaína (15mg/kg i.p.) por 5 dias. Foram avaliados os pesos cardíacos, dados morfométricos e funcionais, por histologia e preparação de Langendorff, respectivamente. Além disso, a pressão arterial não-invasiva, e o estado redox de corações e rins também foram avaliados. Foi observado que a cocaína causou a hipertrofia cardíaca, com aumento da espessura média da parede septal, sem alteração da pressão arterial sistólica. Além disso, a cocaína levou à diminuição da resposta inotrópica por agonista beta-adrenérgico e da concentração de enzimas antioxidantes, tanto no coração como nos rins, nos quais ainda foi observado o aumento da produção de espécies reativas do oxigênio (EROs). Interessantemente, a hipertrofia cardíaca foi prevenida e a atividade de superóxido dismutase (SOD) restabelecida nos camundongos KO para NLPRP3 ou CASP-1 tratados com cocaína. Conclui-se que a cocaína pode levar a danos cardiorrenais associados à ativação do inflamassoma NLRP3. Entretanto, mais estudos são necessários para se determinar mecanismos e vias adjacentes.

  • Palavras-chave
  • Coração; inflamassoma NLRP3; cocaína.
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