O tratamento com TUDCA Restaura a Função Anticontrátil do Tecido Adiposo Perivascular no Leito Mesentérico de Camundongos com Restrição Proteica

O tratamento com TUDCA Restaura a Função Anticontrátil do Tecido Adiposo Perivascular no Leito Mesentérico de Camundongos com Restrição Proteica

• Autor
• Israelle Netto Freitas
• Co-autores
• Daniele Mendes Guizoni , Jamaira Aparecida Victorio , Everardo Magalhães Carneiro , Ana Paula Davel
• Resumo

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  Introdução: A desnutrição é um fator de risco para complicações vasculares.O tecido adiposo perivascular (PVAT) regula a homeostase vascular apresentando efeito anticontrátil, o qual pode estar disfuncional em doenças cardiometabólicas. O PVAT apresenta diferenças fenotípicas regionais, sendo na região da aorta torácica (A-PVAT) similar ao tecido adiposo marrom e na artéria mesentérica (M-PVAT) ao tecido adiposo branco. Recentemente, o ácido biliar tauroursodesoxicólico (TUDCA) tem se destacado como um potencial terapêutico para doenças cardiometabólicas. Assim, no presente trabalho avaliou-se os efeitos do tratamento com TUDCA na função anticontrátil do PVAT aórtico e mesentérico em camundongos submetidos à restrição proteica. Métodos: Camundongos C57Bl/6 machos pós-desmame foram alimentados com dieta normoproteica (C, 14% proteína) ou restrita de proteínas (R, 6% proteína, isocalórica) por 105 dias. Nos últimos 15 dias alguns animais R receberam TUDCA (RT, 300 mg/kg/dia; i.p.) ou veículo (CEUA 5429-1/2019). Avaliamos a resposta contrátil à fenilefrina em anéis com (+) ou sem (-) A-PVAT e M-PVAT. One-way ANOVA ou Teste t de Student, *P<0,05. Resposta máxima (Emax) em aorta ou potência (-LogEC50) em mesentérica foram calculados. Resultados: A-PVAT e M-PVAT exibiram ação anticontrátil no grupo C (Emax: A-PVAT-= 2,2±0,8 vs. A-PVAT+= 1,7±0,6* mN/mm; -LogEC50: M-PVAT-=7,1±0,2 vs. M-PVAT+=5,8±0,4*). Porém, no grupo R, o efeito anticontrátil foi perdido na aorta (Emax: A-PVAT-= 1,2±0,8 vs. A-PVAT+= 1,2±0,7 mN/mm) e prejudicado na mesentérica (-LogEC50: M-PVAT-=6,5±0,2 vs. M-PVAT+=5,7±0,2*). O tratamento com TUDCA restaurou o efeito anticontrátil do M-PVAT (-LogEC50: M-PVAT-=6,5±0,2 vs. M-PVAT+=4,7±0,4*), mas não no A-PVAT. Conclusão: Os resultados indicam que a restrição proteica prejudica o efeito anticontrátil do PVAT tanto da aorta como da artéria mesentérica de resistência. O tratamento com TUDCA foi eficaz em restaurar o efeito anticontrátil do M-PVAT, sugerindo que o efeito benéfico do TUDCA no PVAT é dependente do leito vascular.

   

• Palavras-chave
• desnutrição, tecido adiposo perivascular, TUDCA, aorta, artéria de resistência
• Área Temática
• Apresentações Orais - Sessão III

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