Introdução: A Proteína de Transferência de Colesteril Éster (CETP) tem como função principal promover a transferência de colesterol da HDL para LDL/VLDL, resultando na redução de colesterol-HDL e efeito pró-aterogênico. Dados recentes do nosso grupo (PMID:33430172) demonstraram que o silenciamento da CETP em células endoteliais de aorta humana reduz o estresse oxidativo e expressão de moléculas pró-inflamatórias, sugerindo que a CETP impacta negativamente a função endotelial. Ainda não está estabelecido se há dimorfismo sexual nos efeitos metabólicos e cardiovasculares da CETP. Dada a importância da determinação de fatores de risco cardiovascular sexo-específicos, no presente estudo investigou-se se há dimorfismo sexual nos efeitos da CETP sobre a função vascular. Metodologia: Utilizou-se camundongos machos e fêmeas transgênicos para CETP humana e respectivos controles não transgênicos (NTg)(CEUA 5353-1/2019). A aorta torácica foi isolada na presença ou ausência de tecido adiposo perivascular (PVAT) para realização de curvas concentração-resposta a acetilcolina e fenilefrina. A potência(LogEC50) e resposta máxima(Rmax) aos agonistas foram calculadas. Nível de significância: *P<0,05. Resultados: A curva de relaxamento dependente do endotélio induzida por aceltilcolina apresentou desvio à direita em machos CETP comparados aos NTg(-LogEC50: CETP=7.05±0.33 vs. NTg=7.57±0.53*), sem alteração de Rmax. Em contraste, não foi observado prejuízo no relaxamento por acetilcolina em fêmeas CETP versus NTg. A presença de PVAT não alterou o relaxamento por acetilcolina, mas reduziu a resposta contrátil à fenilefrina em aorta de NTg macho (Rmax: PVAT-=2,55±0,7 vs. PVAT+=1,39±0,4*mN/mm) e NTg fêmea (Rmax: PVAT-=3,17±0,9 vs. PVAT+=1,86±0,5*mN/mm). Houve prejuízo na função anti-contrátil do PVAT apenas em machos CETP (Rmax: PVAT-=2,98±0,9 vs. PVAT+= 2,85±0,8, NS), sendo que nas fêmeas a ação anti-contrátil do PVAT foi preservada. Conclusão: Os resultados demonstram que fêmeas estão protegidas da disfunção endotelial e do PVAT induzidas pela expressão de CETP em machos, indicando que há dimorfismo sexual nos efeitos de reatividade vascular da CETP.
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