Avaliação dos efeitos da administração oral do probiótico bifidobacterium longum na cicatrização de feridas cutâneas excisionais em camundongos

Avaliação dos efeitos da administração oral do probiótico bifidobacterium longum na cicatrização de feridas cutâneas excisionais em camundongos

• Autor
• Ana Carolina Nicoleti
• Co-autores
• Camila Francisco Moreira , Puebla Cassini Vieira , Maria Cecília Campos Canesso , Mariane Felipetto , Hedden Ranfley , Mauro Martins Teixeira , Jacques Robert Nicoli , Flaviano Santos Martins , Lucíola Silva Barcelos
• Resumo

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  O reparo tecidual envolve uma cascata de eventos que vai desde a inflamação e a formação de tecido fibrovascular até o remodelamento da nova matriz. Temos demonstrado que a microbiota comensal influencia a cicatrização de feridas cutâneas e que lactobacilos probióticos podem ter efeitos benéficos. Os efeitos de bactérias do gênero Bifdobacterium, entretanto, são desconhecidos. O objetivo foi avaliar os efeitos da administração oral do probiótico Bifidobacterium longum (BL) na cicatrização de feridas cutâneas excisionais em camundongos. Foram utilizados camundongos Swiss machos (8 semanas de idade). O probiótico BL51A foi administrado diariamente por gavagem na dose de 10^7 microrganismos em 100 mL de PBS durante 14 dias após a confecção das feridas. O grupo controle recebeu PBS veículo (100 ?L). O modelo experimental consistiu na confecção de quatro feridas cutâneas na região dorsal e a mensuração da área foi realizada com um paquímetro digital. Os resultados foram expressos como porcentagem de fechamento relativo ao tamanho original da ferida. Foram avaliados ainda o fluxo sanguíneo, a densidade capilar e os níveis de VEGF nas feridas. A análise estatística foi feita pelo software GraphPad Prism 8.0. Resultados apresentados pela média ± DP.Não houve diferença na taxa de fechamento das feridas entre os grupos tratado e controle ao longo do período experimental. As feridas do grupo tratado com BL apresentaram maior fluxo sanguíneo quando comparadas com o grupo controle (301,50 ± 56,72 versus 351,0 ± 85,50, p<0,0001) no 5° dia e maior densidade de capilar (0,32 ± 0,03 versus 1,13 ± 0,23, p<0,0001) no 7° dia, sem, no entanto, apresentar alterações nos níveis de VEGF (0,19 ± 0,20 versus 0,17 ± 0,17). Nossos dados sugerem que a administração oral de Bifidobacterium longum estimula angiogênese em feridas cutâneas sem, no entanto, promover alteração na taxa de fechamento das feridas.

   

• Palavras-chave
• probiótico, bifidobacterium, fluxo sanguíneo, vascular
• Área Temática
• Vídeo-pôster / Sala 2 - Nutrição e Obesidade

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