Relato de experiência em Simulados Realísticos como Educação do Programa de Qualidade e Segurança

  • Autor
  • Adriana Pires dos Santos
  • Co-autores
  • Gisele de Oliveira Morgado , Lisiane Valdez Gaspary
  • Resumo
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    Introdução: Os profissionais de uma instituição devem ser capazes de identificar, responder e reduzir impactos de situações de riscos para si e para outros, além de estar preparados para situações de emergência e desastres. Visando aperfeiçoar a técnica, a comunicação, a liderança e o trabalho em equipe, sem colocar o paciente em risco, ou seja, aumentando a segurança do paciente, a simulação realística (SR) tem sido utilizada como metodologia de ensino e aprendizado para as equipes hospitalares, já que leva para um ambiente simulado a experiência real de atendimento. Objetivo: Descrever o processo de planejamento e a percepção dos resultados dos simulados realísticos in loco em um hospital público da grande São Paulo. Metodologia: O Hospital Geral de Itapecerica da Serra (HGIS) utiliza a simulação realística como ferramenta das diversas equipes desde 2012. Uma matriz de risco foi adaptada da Hazard and vulnerability assessment toll technologic events, considerando probabilidade de ocorrência, impacto humano/propriedade/empresa e grau de resposta para situações de emergência ou desastre. Além desta matriz, são também considerados situação de crises eventos graves e sentinelas como Parada Cardiorrespiratória e Rapto Infantil. Antes de cada simulado ocorrem reuniões de planejamento com as áreas pertinentes envolvidas para definição de local, público alvo, melhor data e horário, número de atores (voluntários e colaboradores), descrição do cenário, recursos a serem providenciados, entre outros, de modo a reproduzir da forma mais fidedigna a realidade. Para a avaliação da efetividade do simulado são definidos os principais pontos a serem considerados de conformidade, descritos em instrumentos específicos, visando às boas práticas assistenciais, e que fornecerão subsídios para discussões posteriores com as equipes. Após a simulação, os participantes se reúnem para um debriefing e a reflexão das principais dificuldades. Resultados: Nestes seis anos ocorreram 1191 participações de colaboradores em simulados, distribuídos nos acionamentos do Plano de Contingência de Combate a Incêndio e Abandono, Atendimento a Múltiplas Vítimas, Manejo em Parada Cardiorrespiratória e Atendimento a Urgência, Suspeita de Desaparecimento ou Rapto Infantil e Prevenção de Disseminação de Infecções Respiratórias Agudas Virais em Epidemia ou Pandemia. A percepção da equipe organizadora e dos participantes é que a realização de SR em vários cenários críticos e em locais diversos favoreceu o trabalho em equipe, comunicação, liderança, o desenvolvimento de análise crítica, habilidades e atitudes em situações de crise, além de necessitar de pouca revisão dos planos escritos, já que contemplavam de forma efetiva as ações a serem executadas. Esta percepção também é evidenciada na publicação de Brandão et al 2014, em que foi realizada uma ampla revisão bibliográfica sobre a utilização da simulação realista como ferramenta educacional. Conclusão: A implementação da SR in loco não é tão onerosa quanto a criação de centros de simulação, além de estimular o estabelecimento de uma cultura organizacional que busca promover a inovação e mudanças de comportamento no ambiente profissional. A realização de SR proporciona aos profissionais a prestarem um atendimento rápido em situações críticas sem comprometer a assistência, tornando o cuidado real mais seguro e de qualidade.

     

  • Palavras-chave
  • Simulação Realística, Educação, Segurança do Paciente
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Educação em cultura de segurança
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  • Gestão da informação em segurança do paciente
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