Introdução: A transparência em saúde envolve divulgar as informações institucionais referentes aos serviços prestados, como indicadores, intervenções e metas relacionadas à infecção hospitalar, protocolos internacionais de segurança do paciente, gerenciamento de riscos, dentre outros. Objetivo: Relatar a implantação das ferramentas de comunicação, denominadas Mural da Qualidade e Gestão à Vista e o Quadro Individual de Segurança do Paciente, pela Gerência de Risco Hospitalar. Método: Trata-se de um estudo descritivo, realizado em um hospital universitário público de alta complexidade, inserido na Rede Sentinela, localizado no Norte do Paraná. Foram realizadas cinco oficinas com as Gerentes de Enfermagem, que representaram os setores assistenciais da instituição, para elaboração e validação das informações contidas nas duas ferramentas de comunicação. Resultados: Após a realização das oficinas, foram confeccionados os Murais da Qualidade e Gestão à Vista (em vidro, com arte/plotagem), que foram fixados nas áreas assistenciais (PS, UTIs e unidades de internação clínico-cirúrgica), em locais visíveis a toda comunidade interna e externa, tornando uma ferramenta para a visualização dos indicadores assistenciais e de gestão para análise mensal e trimestral. As chefias de área ao receberem, mensalmente, os gráficos com os indicadores emitidos pela CCIH, Núcleo de Segurança do Paciente, Gerência de Risco, Assessoria da Qualidade de Enfermagem e indicadores dos Projetos internos em parceria com o Ministério da Saúde, fixam os mesmos nos murais e realizam as análises e as intervenções necessárias, em conjunto com a equipe de saúde da unidade. Assim, cada setor monitora seus processos de acordo com suas peculiaridades (exemplo: queda, flebite, lesão por pressão, registro em prontuário, acidentes, taxas de infecções, dentre outros), realizando coletivamente as discussões ‘beira mural’ e os registros das descrições das intervenções e metas pactuadas. Já a segunda ferramenta validada pelo grupo, denominado Quadro Individual de Segurança do Paciente foi fixado em cada leito do paciente (em vidro, com arte/plotagem) e contém as informações inerentes a validação do seu plano de cuidados, tais como: a identificação dos dados do paciente, a angulação da cabeceira da cama, a classificação do risco de queda e a lesão por pressão, a mobilização precoce, a meta do planejamento nutricional e de suporte ventilatório/oxigenioterapia, além de dispor de três linhas para o acréscimo de alguma informação do plano de cuidados (exemplo: sinalização da necessidade de isolamento do paciente, dados pós hemotransfusão, aprazamento de exames/coletas, dentre outros). Considerações finais: A implantação das duas ferramentas monitoram e publicizam os riscos à segurança do paciente, organizam e possibilitam implementar melhorias contínuas dos processos de trabalho em cada unidade, além de oportunizarem a disseminação e aprimoramento da cultura organizacional que suportam a transparência em todos os níveis. As duas ferramentas proporcionam ainda, a revisão dos dados de desempenho da política de interna de segurança de forma frequente e proativa; o fornecimento aos pacientes e familiares sobre informações da assistência prestada; o compartilhamento de lições e adoção das melhores práticas de organização frente as revisões de seus processos críticos e tendências positivas.
Comissão Organizadora
Rafael Rossi
ANVISA
R3 Aline
RONALDO RUIZ
Comissão Científica
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