Avaliação dos aspectos da disciplina de segurança do paciente por alunos do curso de medicina

  • Autor
  • Margarete Vilins
  • Co-autores
  • Fabiana Cabral Castro
  • Resumo
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    Desde 2003, o hospital quaternário, filantrópico da região leste do município de São Paulo participa da Rede Sentinela, dando subsídio à Anvisa. Em julho de 2013, a Faculdade Santa Marcelina (FASM) iniciou a primeira turma de medicina, e em janeiro de 2018 introduziu a disciplina eletiva de segurança do paciente a alunos do 6º semestre. Foram abordados temas de segurança do paciente voltados à prática médica, com atividades práticas e simulação realística. O objetivo do estudo foi avaliar ao final do semestre os aspectos conceituais e atitudinais de segurança do paciente dos alunos de medicina que cursaram a disciplina. Trata-se de um estudo transversal analítico, com coleta de dados por meio de questionário, aplicado a 71 alunos no último dia de aula. Estes responderam o questionário com 16 itens, no qual as respostas foram categorizadas como: Concordo fortemente (CF), concordo (C), discordo (D), discordo fortemente (DF) e não tenho opinião (NO). Alguns dos itens foram: Cometer erros na área da saúde é inevitável, (CF) 30,99%, (C) 22,54%, (D) 28,17%, (DF) 16,90% e (NO) 1,41%, mostrando que 53,52% dos alunos reconhecem os riscos do atendimento. Alunos comprometidos não cometem erros que causam danos aos pacientes: (CF) 7,04%, (C) 18,31%, (D) 56,34%, (DF) 14,08% e (NO) 4,23%. A grande maioria absorveu a cultura de que errar é humano. Na vigência de um erro, todos os envolvidos profissionais, alunos, gestores, paciente e família devem discutir sua ocorrência: (CF) 83,10% e (C) 16,90%. Observou-se que 100% concordam com a necessidade de discussão do tema.  Para implementar medidas de prevenção de erros humanos, sempre se deve instituir uma análise sistêmica dos fatos: (CF) 80,28% e (C) 19,72%. Todos reconheceram a importância de uma metodologia de análise sistêmica. É necessário implementar análise sistêmica de erros na área da saúde, mas medidas preventivas precisam ser adotadas sempre que alguém for lesado: (CF) 69,01%, (C) 21,13%, (D) 5,63%, (DF) 2,82% e (NO) 1,41%. Menos de 10% não valorizam análise sistêmica para a tomada de medidas preventivas. Sempre comunico ao professor/gestor/responsável pelo local de estágio sobre a ocorrência de um erro: (CF) 63,38%, (C) 29,58%, (D) 4,23% e (NO) 2,82%. A comunicação para os seus orientadores é importante para 92,96 % dos alunos. Sistemas para relatar a ocorrência dos erros fazem pouca diferença na redução de futuros erros: (CF) 5,63%, (D) 22,54% e (DF) 71,83%. Identificam a necessidade de um mecanismo de notificação 94,37% dos alunos. Apenas os médicos podem determinar a causa da ocorrência do erro: (CF) 1,41%, (C) 1,41%, (D) 21,13% e (DF) 76,06%. A maioria compreende que análise da causa é multiprofissional (97,18%). Baseado na observação em classe e no questionário respondido, a segurança do paciente como disciplina favorece a cultura da prevenção de danos com necessidade de uma visão multiprofissional. Interpretamos que a segurança do paciente deveria ser integrada como disciplina curricular aos cursos de saúde, melhorando a qualidade do ensino.

     

  • Palavras-chave
  • Segurança do paciente, Educação de graduação em medicina, Estudantes de ciências da saúde
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Educação em cultura de segurança
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