FARMACOVIGILÂNCIA DA POLIFARMÁCIA E USO DE MEDICAMENTOS INAPROPRIADOS EM IDOSOS HOSPITALIZADOS

  • Autor
  • Liliane Félix dos Santos
  • Co-autores
  • Amanda Ellen de Morais , Bruna Natália Serrão Lins Pinto , Ariele Bandeira Furtado , Karoline Rodrigues da Silva , Tatiane Lima Aguiar , Eliana Brasil Alves
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A polifarmácia representa riscos potenciais de reações adversas medicamentosas (RAM) no paciente idoso. A farmacovigilância é imprescindível na otimização da assistência ao paciente hospitalizado ao identificar, avaliar e monitorar a ocorrência das RAM ao garantir que os benefícios relacionados ao uso dos medicamentos superem os riscos por eles causados. OBJETIVO: Realizar a farmacovigilância intensiva dos eventos adversos associados à polifarmácia na população idosa hospitalizada. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional analítico prospectivo, com análises quantitativa e qualitativa e coleta de dados a partir das notificações de farmacovigilância do SVSSP do HUGV e dos prontuários de pacientes idosos hospitalizados na enfermaria de clínica médica da unidade. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da UFAM (Parecer nº 2.275.077) e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). RESULTADOS: Foram acompanhados 42 idosos internados na enfermaria de clínica médica do HUGV de janeiro a junho de 2018, sendo 28 (66,7%) pacientes do gênero feminino e 14 (33,3%) do gênero masculino. A média de idade entre eles foi de 73 ± 8 anos e a média do tempo de institucionalização foi de 22 ± 14 dias. Multimorbidade foi encontrada em 31 (74%) pacientes que apresentaram 2 ou mais doenças simultaneamente e 24 (57%) pacientes estavam em uso de pelo menos 1 medicamento inapropriado para idosos, segundo os critérios de Beers-Fick. As condições clínicas mais frequentes apresentadas foram: HAS (81%), DM tipo 2 (33%), insuficiência cardíaca (23%), demência (19%), distúrbios hemorrágicos (14%), quedas e/ou fraturas (12%) e arritmias (12%). As principais queixas relatadas durante a internação hospitalar foram: dispneia (40%), perda ponderal (38%), hiporexia/anorexia (33%), edema periférico (28%), astenia (24%), distúrbios miccionais (24%), ascite (21%), dor torácica (21%), constipação intestinal (21%), tosse (16%), dor abdominal (14%), hemorragias (14%) e parestesia (14%). A prática de polifarmácia foi verificada em 36 (85%) prescrições com um total de 391 medicamentos prescritos, com média de 9 ± 4 medicamentos por paciente. Observaram-se 39 (10%) medicamentos inapropriados prescritos para idosos, dentre os quais os mais utilizados foram: omeprazol (17%), propranolol (7%), glibenclamida (5%) e clonazepam (5%). Além disso, um total de 49 (12,5%) medicamentos foram suspensos por suspeita de ocorrência de RAM durante a internação. Os eventos adversos mais frequentes foram: hipotensão arterial (18,3%), hemorragias (12,2%) e hipoglicemia (10,2%) por uso de anti-hipertensivos, anticoagulantes e hipoglicemiantes orais, respectivamente. CONSIDERAÇÕES GERAIS: Os resultados revelam uma alta prevalência de polifarmácia e de uso de medicamentos inapropriados para idosos. Podendo sugerir um aumento do risco de iatrogenias, reações adversas e do tempo de hospitalização para este grupo vulnerável. 

  • Palavras-chave
  • Idoso, Farmacovigilância, Polifarmácia, Efeitos Colaterais, Reações Adversas a Medicamentos.
  • Modalidade
  • Pôster
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