Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com a Joint Commission International (JCI), estabeleceu seis metas internacionais de segurança do paciente, são elas: identificação correta dos pacientes; comunicação efetiva entre os profissionais de saúde; melhora na segurança de prescrição, no uso e na administração de medicamentos; cirurgia segura; higienização das mãos para evitar infecções e redução do risco de quedas e lesões por pressão. A Resolução RDC nº 36/2013 instituiu ações para a segurança do paciente em serviços de saúde, dentre elas a criação dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP). A fim de atender a Resolução foi instituído no Hospital Oncológico localizado no Rio de Janeiro, o Núcleo Interno de Segurança do Paciente (NISP). Este é composto por uma equipe multiprofissional, que visa assegurar a qualidade na assistência prestada no hospital e tem como um dos seus objetivos desenvolver e monitorar os protocolos do Ministério da Saúde (MS). Objetivo: Analisar dados das seis metas internacionais de segurança do paciente coletados através de observações não participantes em um hospital oncológio localizado na cidade do Rio de Janeiro obtidos no ano de 2017. Resultados: Após a análise dos dados da meta 1 foram observados cerca de 8037 identificações, dentre elas constatou-se a média de 95,08% de pulseiras e observações em identificação no soro e leito em conformidade. Na meta 2 foram realizadas 149 comunicações verbais de resultados de Exames de Alto Risco dos profissionais do laboratório para médicos ou enfermeiros resultando em 88,58% de conformidade na comunicação entre os profissionais. Na meta 3 observou-se os 9 certos de enfermagem na administração de medicamentos, totalizando 3116 observações. Em 8 certos de enfermagem obtiveram-se 100% de conformidade, excluindo 1 certo identificado como “hora certa” onde foi encontrado um valor de 69,17%. Na meta 4 foram analisadas 156 cirurgias, a identificação geral no momento pré incisão possui cerca de 96,08% de conformidade e no momento pós cirúrgico foi identificado apenas 50,17%. Na meta 5 foram realizadas 2339 observações de higienização das mãos, sendo que 47 % higienizam as mãos (água e sabão ou álcool em gel). Já a meta 6 não possui dados do ano de 2017. Considerações Finais: Como ações de melhoria tivemos para a meta 03 a adequação do padrão de aprazamento de administração de medicamentos. Para meta 4 houveram mudanças na dinâmica da equipe da enfermagem no momento pós cirúrgico. Na meta 5, intensificação das campanhas da higienização da mãos pela CCIH e, para meta 6, a reformulação da coleta de dados. Assim, o monitoramento das metas de segurança do paciente auxilia a instituição a identificar os possíveis danos aos pacientes, além de diminuir ou mitigar os riscos e desenvolver ações de prevenção, visando a promoção de melhorias na assistência ao paciente e a oferta de um ambiente cada vez mais seguro aos pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde.
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Rafael Rossi
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RONALDO RUIZ
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