Gestão de Risco no Serviço de Hemoterapia do HEB

  • Autor
  • MAIRA CAMILA FELIX DE FREITAS
  • Co-autores
  • Priscila Cristine Chaves Cazali , Daniele Castro Di Flora , Fabiana Marcondes Shirazawa de Oliveira , Soraya Farid Hassan , Luiz Olavo Firmino , Valéria Drumond Nagem Aragão.
  • Resumo
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    A hemoterapia também conhecida como medicina transfusional, é a ciência que estuda o tratamento de doenças sanguíneas e baseia-se na reposição de um componente que está presente inadequadamente no sangue do paciente. A transfusão pode ser considerada o ato final de um conjunto de atividades que constitui o processo hemoterápico. A segurança e a qualidade devem ser asseguradas em todo esse processo e a Hemovigilância se insere nessa perspectiva. Sendo considerado um sistema de avaliação e alerta organizado para recolher e avaliar informações sobre os efeitos indesejáveis e/ou inesperados da utilização de hemocomponentes, a fim de prevenir seu aparecimento ou recorrência. Dessa forma, o objetivo principal da Hemovigilância é o direcionamento de ações que ampliem e aprimorem a segurança nas transfusões sanguíneas, com particular ênfase nos incidentes transfusionais imediatos. O Hospital Estadual de Bauru (HEB), é uma instituição pública de saúde de 324 leitos que presta atendimento hospitalar referenciado aos pacientes que vêm encaminhados pela rede e também atendimento ambulatorial aos 68 municípios de sua área de abrangência. O programa de Hemovigilância instituído, tem início após a solicitação da transfusão pela equipe médica, visto que todas os pedidos são triados por equipe técnica especializada. A triagem consiste na verificação dos índices hematimétricos, avaliação das condições clínicas descritas em prontuário e também na consulta do histórico transfusional. Para os pacientes cuja solicitação médica está de acordo com o protocolo institucional de Indicação de Hemocomponentes a coleta das amostras de sangue utilizadas nos testes pré-transfusionais e a transfusão do hemocomponente compatível serão realizadas, exceto em unidades especiais, pelo Técnico de Enfermagem que atua exclusivamente no serviço de Hemoterapia. Já os pedidos que estão em desacordo com o protocolo de indicação, passam por avaliação do hematologista responsável técnico. Concluída a instalação, o paciente é monitorado durante os 10 primeiros minutos da infusão, após esse tempo a equipe de enfermagem da unidade de internação fica responsável pelo acompanhamento. De 24 a 48 horas após o termino da transfusão, através dos parâmetros laboratoriais, é verificado o rendimento do procedimento e somente com essa etapa o programa de Hemovigilância é considerado encerrado. Em casos onde o rendimento não está de acordo com o esperado, o paciente recebe avaliação médica e intervenções quando necessárias. A implantação de barreiras de segurança ao longo das etapas do procedimento transfusional garante a detecção precoce de eventos adversos e falhas no processo que poderiam resultar em dano, e constitui uma ferramenta importante para evitar e mitigar os eventos com dano grave e óbito. Diante da complexidade do procedimento hemoterápico, ressaltamos a importância da atuação da equipe multidisciplinar em todas as etapas do processo para  identificações de reações transfusionais.

     

  • Palavras-chave
  • Hemovigilância, transfusão de hemocomponentes, reações transfusionais, equipe multidisciplinar, segurança transfusional
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Gestão de risco em segurança do paciente
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