Introdução: O protocolo e checklist de cirurgia segura é uma importante ferramenta para a padronização e o planejamento de melhorias no processo de trabalho, e para a redução dos eventos adversos (GERMANO et al., 2016). A cada trezentos pacientes admitidos, um morre, sendo que 50% destes é relacionado a erros cirúrgicos evitáveis (FERRAZ, 2009; MENDES, 2012). Objetivo: Relatar a experiência da adaptação do protocolo e demais instrumentos que norteiam a cirurgia segura, proposto pela ANVISA para a realidade local do Hospital Geral de Palmas, Tocantins. Método: Trata-se de um estudo descritivo de relato de experiência. O hospital atende alta complexidade, sendo 100% SUS. Conta com 06 salas cirúrgicas, sendo 01 de emergência. Realiza uma média de 890 cirurgias mês, sendo com maior frequência as cirurgias gerais e ortopédicas. Para a adaptação e aplicabilidade do protocolo e do checklist proposto pela ANVISA na prática clínica e a elaboração dos indicadores gerenciados foram realizadas diversas reuniões entre a equipe da gerência de riscos, os líderes da equipe de enfermagem, cirurgiões, equipe anestésica, direção geral. Durante as reuniões foram realizadas as seguintes etapas: 1º Leitura exaustiva do protocolo e checklist proposto pela ANVISA; 2º adaptação do protocolo a realidade local e articulação entre os setores envolvidos no processo; 3º divulgação e treinamento de todos os colaboradores envolvidos. Resultados: Além da readaptação do protocolo e do checklist de cirurgia segura proposto pela ANVISA, foi construído coletivamente um checklist pré-operatório no qual os pacientes são abordados e orientados via telefone antes do procedimento cirúrgico. Neste checklist são contemplados itens que devem ser verificados pela gestão como: reserva de sangue, vaga de UTI, bem como itens de orientação ao paciente como: adornos, jejum, dentre outros. O protocolo e o checklist de cirurgia segura ainda encontram-se em fase inicial de implantação, sendo que a terceira fase do processo já está em andamento. O checklist pré-operatório já foi implantado com grande adesão dos envolvidos e melhor acolhimento do paciente. Considerações finais: A construção coletiva do protocolo e dos checklist possibilitou maior integração e responsabilização da equipe. Além disso, irá promover maior segurança para o paciente, qualidade na assistência, bem como o empoderamento da equipe, dos pacientes e acompanhantes.
Comissão Organizadora
Rafael Rossi
ANVISA
R3 Aline
RONALDO RUIZ
Comissão Científica