Introdução: O Complexo Hospital de Clínicas (CHC/UFPR/EBSERH) estruturou em 2014 o seu Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), cujas ações são executadas pelo Serviço de Vigilância e Segurança do Paciente (SEVISP), constituído pela Unidade de Vigilância em Saúde (UVS) e pela Unidade de Gerenciamento de Riscos Assistenciais (UGRA). Objetivo: Descrever a reestruturação de atividades de gerenciamento de risco no CHC/UFPR/EBSERH. Método: trata-se do relato da experiência da reestruturação das atividades de gerenciamento de riscos assistenciais do CHC/UFPR/EBSERH que ocorreram a partir do segundo semestre de 2017, com o início de um projeto, participativo e assessorado, de melhoria de processos. A equipe reuniu-se semanalmente para mapeamento e análise dos processos da unidade e posterior redesenho das atividades e reconfiguração da dinâmica do trabalho da UGRA junto às equipes assistenciais e de apoio. Resultados: A partir de janeiro de 2018, com o incremento de enfermeiros de vigilância na equipe, além das atividades já realizadas, novas ações de gerenciamento de riscos foram implantadas e outras delineadas. Estabeleceu-se a distribuição de 12 unidades assistenciais e 10 de apoio terapêutico entre os enfermeiros da UGRA, tornando-os referência para as respectivas equipes. Cada enfermeiro da UGRA passou a ser responsável, nas unidades sob sua incumbência, por: 1. auditorias internas referentes ao controle do Plano de Segurança do Paciente, com monitoramento dos planos de ação dos itens não-conformes; 2. análise e encaminhamento das notificações recebidas no VIGIHOSP (Software de gerenciamento de notificações da Rede EBSERH) e auxílio aos coordenadores dos Grupos Internos da Qualidade (GIQ’s) das unidades nas investigações e elaboração de parecer, quando necessário; 3. notificação à ANVISA dos eventos adversos ocorridos; 4. participação nas reuniões de análise de causa raiz (ACR’s) dos eventos adversos ou de situações com potencial de dano ao paciente; 5. investigação de gatilhos em prontuários mediante a ferramenta trigger tool. 6. capacitação das equipes; e 7. participação em comitês, comissões e grupos de trabalho, entre outras demandas existentes. Além das atividades dos 5 enfermeiros de referência em gerenciamento de riscos, a médica da UGRA procede à leitura diária de resumos de alta por óbito com intuito de identificar incidentes não notificados; investigação de incidentes graves in loco; preparo e condução de ACR’s e validação das análises da ferramenta trigger tool. A Gerente de Riscos ocupa o cargo de Chefe da UGRA, responsabilizando-se pela coordenação dessa equipe e dos vigilantes da Rede Sentinela, integrando as ações de identificação, análise, avaliação, comunicação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança do paciente. A equipe da UGRA reúne-se periodicamente para discussão das atividades realizadas, emitindo relatórios bimestrais às unidades contendo as análises ocorridas, o perfil de incidentes e ações que deverão ser implementadas para ampliação da Segurança do Paciente. Considerações Finais: o desenvolvimento do projeto de melhoria de processos realizado de modo participativo, e com assessoria especializada, tem proporcionado análises e reflexões qualificadas e abrangentes das atividades de gerenciamento de risco, despertando a criatividade, a inovação, facilitando a elucidação de necessidades e o redirecionamento de atividades para aprimoramento do trabalho.
Comissão Organizadora
Rafael Rossi
ANVISA
R3 Aline
RONALDO RUIZ
Comissão Científica
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