Autores
Fabiana de Mattos Rodrigues Mendes
Rafaella Bizzo Pompeu Viotti
Renata Moreira Ferreira
Introdução
A Segurança do Paciente é um componente essencial da qualidade do cuidado, e tem adquirido, em todo o mundo, relevância cada vez maior para os pacientes e suas famílias, para os gestores e profissionais de saúde no sentido de oferecer uma assistência segura. A Gerência de Riscos em Serviços de Saúde (GRSS) tem como objetivo monitorar e fiscalizar os estabelecimentos de saúde quanto ao cumprimento legal dos requisitos necessários para a segurança do paciente.
Objetivo
Apresentar o diagnóstico situacional parcial das ações dos Núcleos de Segurança do Paciente dos hospitais do DF no primeiro semestre de 2018.
Metodologia
Realizadas visitas técnicas em hospitais para avaliação da implantação das práticas de segurança do paciente nas áreas críticas ao longo dos meses de fevereiro a julho de 2018, conforme as exigências da RDC ANVISA nº 36/2013. A equipe técnica, para o ano de 2018, iniciou nova metodologia de avaliação dos hospitais, dividida entre uma análise prévia das documentações do NSP e análise de práticas assistenciais. A análise documental é realizada a partir do preenchimento de requisitos mínimos para cada documento. A análise de práticas assistenciais se dá no momento da inspeção em uma área crítica do hospital. Após a inspeção, a equipe se reúne com a direção hospitalar e NSP para elencar os principais pontos críticos observados durante a prática assistencial e emissão do termo fiscal. É elaborado um relatório com apontamento de pendências e prazos para resolução.
Resultados
Foram visitados 20 hospitais até o momento, 49% do programado pela gerência. Dentre os resultados encontrados, observa-se 75% de NSP formalmente constituídos e 20% de Planos de Segurança do Paciente com requisitos mínimos. Com relação às metas de segurança, o percentual de protocolos com requisitos mínimos na avaliação foram: 75% dos Protocolos de Identificação do Paciente, 15% dos Protocolos de Comunicação, 25% dos Protocolos de Prescrição, uso e administração de medicamentos, 40% dos Protocolos de Cirurgia Segura, 67% dos Protocolos de Higiene de Mãos, 50% dos Protocolo de Prevenção de Lesão por pressão e dos 85% Protocolo de Prevenção de queda.
Quanto à avaliação das práticas de segurança do paciente, destacam-se: 31,6% dos profissionais conferem a pulseira de identificação antes de procedimentos; 55% dos profissionais sabem informar se os protocolos de segurança do paciente estão disponíveis; há sinalizadores de identificação de riscos do paciente em 85% das unidades; 85% dos medicamentos de alta vigilância estão sinalizados e segregados; 85% das unidades realizam avaliação do risco de lesão por pressão e 84,2% do risco de queda; 60% dos profissionais sabem informar sobre os eventos mais comuns das unidades; 75% das unidades apresentaram comprovação da aplicação do checklist de cirurgia segura.
Conclusão
A nova metodologia permite a observação da prática assistencial, além de questões documentais e estruturais do NSP. Observa-se também que a finalização da inspeção junto ao diretor do hospital é a oportunidade de sensibilizar a alta liderança quanto à importância do desenvolvimento de barreiras para proteção dos pacientes durante a assistência à saúde.
Comissão Organizadora
Rafael Rossi
ANVISA
R3 Aline
RONALDO RUIZ
Comissão Científica