A implantação do Protocolo de Sepse e a Redução da Mortalidade em um Hospital do Sul do Brasil

  • Autor
  • Leonan José Raimundo
  • Co-autores
  • Roberta Juliane Tono de Oliveira , Jaqueline Caetano
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO

    A sepse é uma resposta inflamatória sistêmica de origem infecciosa, podendo ser causada por vírus, bactérias, entre outros microorganismos patogênicos¹, sendo considerada uma das maiores causas de hospitalização e mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) não cardiológica. É responsável por 30% da ocupação de leitos em UTI apresentando uma mortalidade de 55%. Assim sendo, representa um valor elevado comparado à média mundial que é de 37%. Ademais, sua incidência eleva os custos dos serviços de saúde, significando cerca de US$50.000 por paciente acometido pela sepse.²

    A identificação precoce da sepse é de suma importância, pois o tempo de disfunção orgânica está relacionado com aumento da mortalidade³. Considerando a sua morbimortalidade a Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) em parceria com o Institute Healthcare Improvement (IHI), iniciou nos hospitais da rede a Colaborativa de Sepse – Programa Salus Vitae. Visando a adoção de medidas inicias que garantam a segurança do paciente e a diminuição de mortes associadas à doença.

    OBJETIVO

    Este estudo tem como objetivo apresentar a importância da identificação precoce ao paciente com sepse e a consequente redução da mortalidade em um hospital no sul do Brasil.

    RESULTADOS

    O Hospital considerou a utilização da escala chamada “National Early Warning Score” (NEWS), desenvolvida pelo Royal College of Physicians, visto que é reconhecida internacionalmente na identificação precoce de pacientes com o risco de sepse e óbito iminente para garantir o início das condutas necessárias4. A ferramenta passou a ser utilizada na instituição  através do prontuário eletrônico do paciente no Setor de Pronto Atendimento para pacientes com idade acima de 14 anos. O critério de exclusão foi crianças e gestantes.

    Com o uso da escala na classificação de risco o Enfermeiro consegue identificar os pacientes com risco de sepse com maior agilidade e sinalizar ao médico que confirmará ou não a suspeita de Sepse. Perante a confirmação, é aplicado o bundle de 1 hora, sendo seis ações propostas: Antibioticoterapia, Coleta de duas hemoculturas, Lactato, Contabilização do débito urinário, Expansão volêmica com SF0,9% 500ml, Correção de oxigênio se necessário. Após início do bundle cada profissional responsável pelo cuidado do paciente executa ações norteadas pelo protocolo, visando o cumprimento das ações no período de uma hora5.

    O início da implantação do protocolo aconteceu desde o mês de setembro de 2017, o hospital apresentava  uma média de mortalidade de 63%  associada à Sepse. Até o mês de Junho de 2018 houve uma redução dessa taxa para 30%. Tais dados refletem a importância da equipe multiprofissional engajada na execução de práticas assistenciais seguras, associada ao uso de uma ferramenta que favoreça o reconhecimento precoce e intervenção imediata ao paciente com sepse.

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Conclui-se que o impacto da utilização da escala de NEWS e a implantação de um protocolo com bundle para detecção e tratamento precoce da sepse proporcionou redução significativa na mortalidade dos pacientes atendido no pronto atendimento. Ressalta-se que este estudo ainda está em construção de modo a experimentar os impactos da escala nas demais unidades hospitalares.

    REFERÊNCIAS

     

  • Palavras-chave
  • segurança do paciente, sepse, sistemas de alerta rápido
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
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