Introdução: O presente trabalho tem a finalidade de propor práticas educacionais informais em Artes Visuais na Cafua das Mercês (Museu do Negro). Este museu é parte do MHAM (Museu Artístico e Histórico do Maranhão). O MHAM foi inaugurado em 1973 e até 1989, reunia num só lugar, todo o seu acervo. A partir desta data, os espaços se diversificaram por temática e atualmente tem a seguinte estrutura: (MHAM - sede, Galeria Floriano Teixeira, Museu de Artes Visuais e Museu de Arte Sacra, Museu Cafua das Mercês - Museu do Negro, Igreja do Desterro, Capela Bom Jesus dos Navegantes, Museu Histórico de Alcântara). Utilizou-se como aporte teórico, Barbosa (2005), que aloca a Arte-Educação contemporânea em consonância internacional; Barbosa (2009), que tem o museu como melhor possibilidade de aprendizagem do que a escola; Barbosa (2012), que apresenta as questões do ensino de Arte em mudança e inquietação; Hernández (2000), que desenvolve uma perspectiva de mudança educativa na cultura visual; Carvalho (2008), que desenvolve a perspectiva do ensino de Arte informal – em ONGs; a educação informal pode ser comparada à aprendizagem que ocorre em casa, na igreja e noutros grupos sociais não instituídos como a escola. Objetivos: Portanto, o museu pode ser parceiro do currículo (como educação informal e complementar) ao oferecer a possibilidade de educar sem a rigidez instituída, através de visitas aos espaços museológicos, atrelado a projetos em educação informal. Reflete, portanto, no crescimento cognitivo, emocional e social dos indivíduos como sujeitos que pertencem ao meio que os cercam, fortalecendo o discurso identitária assim como o que preconiza a Lei 10.639/2003 sobre o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Mesmo que os espaços informais não sejam objeto da referida Lei que se centra no currículo escolar, esta fortalece a luta pela igualdade étnico-racial, servindo, pois, aos objetivos da educação informal. Conclusão: o museu como espaço cultural, está na ordem do discurso midiático como possibilidade de tecnologias educacionais através da mediação cultural, particularmente, a ampla estrutura do MHAM, ao qual o Museu do Negro faz parte, uma vez que este espaço museológico está inserido em São Luís do Maranhão, em seu Centro Histórico, o qual é Patrimônio Cultural da Humanidade desde 1997.