Esta pesquisa buscou avaliar a atuação da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em ações de apoio a funções de segurança pública no Estado de Alagoas, bem como sua interação com os operadores e gestores estaduais das polícias civil e militar a partir da implementação e execução do programa do Governo Federal “Brasil Mais Seguro” (2012-2015). Desde o ano de 2010 a FNSP tem atuado, rotineiramente, junto com as polícias civis e militares do Estado de Alagoas, auxiliando na abordagem de suspeitos, no cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão e no policiamento em toda a região metropolitana de Maceió. Diferente das avaliações convencionais de intervenções públicas, que são criticadas pela ênfase excessiva no “antes” e no “depois”, em detrimento do “durante”, o estudo proposto centra atenção na execução propriamente dita das operações da FNSP e na avaliação que dela fazem seus operadores e os operadores e gestores das agências estaduais envolvidas. Foi analisado e avaliado o cotidiano das ações conjuntas e cooperativas entre a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) e as forças policiais civil e militar do Estado de Alagoas, bem como as principais virtudes, conflitos e limitações encontradas pelos operadores e gestores da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no desenvolvimento de atividades conjuntas às forças policiais do Estado de Alagoas. O corporativismo ganhou nova forma, não mais entre policiais civis versus policiais militares, recorrente na maioria dos estados brasileiros, mas entre a FNSP e as forças policiais estaduais. Com a greve da polícia civil deflagrada em 2013, e com as movimentações de paralisação dos policiais militares nesse mesmo período, as contradições aumentaram dentro do processo institucional, obrigando os agentes da Força a atuarem no lugar dos agentes alagoanos, e muitas vezes contra os “colegas de fardas” diretamente. Nesse caso em específico, o conflito é potencializado, e mesmo forçado, decorrente da natureza formal e hierárquica da Força.