ESTÉTICA DO HORROR: A COBERTURA DA MORTE NO JORNAL ITAQUI BACANGA

  • Autor
  • Edmo Aguiar Ramalho Leite
  • Co-autores
  • Poliana Sales Alves
  • Resumo
  • ESTÉTICA DO HORROR: A COBERTURA DA MORTE NO JORNAL ITAQUI BACANGA

                                                                                         

    Edmo Aguiar Ramalho Leite

    Eixo 3- Mídia, Patrimônio Cultural e Sociedade

    Poliana Sales Alves (orientadora)

    Faculdade Estácio de São Luís

    edmoleite4@gmail.com

    polianasales@gmail.com

     

    RESUMO

    Neste estudo investigamos a cobertura da morte no jornal impresso Itaqui-Bacanga, e a ampla propagação de fotografias de corpos em situações inumanas, remetendo ao grotesco. Em comparação a imagens semelhantes veiculadas pela imprensa no final do século XIX, propomos questionamentos acerca da contemporaneidade dessa modalidade midiática com viés sensacionalista, e buscamos compreender a dimensão sensível presente nessa linguagem e seus efeitos. Partimos da premissa de que o jornal Itaqui-Bacanga explora regimes estéticos específicos que visam criar certo “horror” para “chocar” seus leitores. Também consideramos que, entre outros encadeamentos, a exploração das fotografias de morte violenta pode estimular comportamentos e criar determinados padrões de experiência nos sujeitos. Tomando por auxílio teórico as proposições de Singer (2004), Sodré & Paiva (2002), Silva (2010) e Alves (2014), e tendo como referencial empírico 5 edições do jornal, identificamos que os efeitos de natureza estética suscitados nos leitores do jornal Itaqui-Bacanga causam terror, o que favorece a compreensão pragmático-performativa de que os criminosos são criaturas do mal, prontas para cometer qualquer atrocidade, e quando os próprios criminosos são as vítimas, o entendimento é que eles são merecedores de tal “justiçamento”. Concluímos que a ampla circulação dessas fotografias pode reconfigurar, assim, a própria experiência social com a violência, enquadrada no âmbito da criminalidade. Isto porque os jornais com apelos sensacionalistas vislumbram reações nos leitores, que ao serem impactados, apreendem sentidos sobre o que lhe está sendo mostrado, e a imprensa é ainda a principal produtora de sentidos sobre a violência seguida de morte, fenômeno entrelaçado ao cotidiano das cidades.

     

    Palavras-chave: Estética. Grotesco. Morte. Imprensa.

     

     

  • Palavras-chave
  • Estética, Grotesco, Morte, Imprensa
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