A problemática aqui suscitada surgiu da observação das metodologias e didáticas utilizadas nas aulas de filosofia do ensino médio, onde prevalecia o currículo disposto pelos manuais e livros de filosofia, seguindo basicamente o plano de historia da filosofia e temas isolados; não como matéria reflexiva, mas de segmento apenas conteudista e decorativo. A proposta aqui defendida é de que a filosofia não seja disciplina isolada, visto que nem pode ser, pois é uma atitude crítica ao pensamento, e não há parâmetro pedagógico que dê conta de sua natureza, ou que possa estabelecer limites didáticos para o seu ensino. O que se espera da filosofia num contexto em que ela ainda acha-se inserida na educação básica, não obstante a recente ameaça de sua retirada pela M.P de 2016, que lança mudanças no ensino médio? Qual a identidade desse saber e dessa atividade docente, que agora se faz presente em todas as salas de aula do país? A guisa de soluções para tais problemas viu-se a necessidade de ampliar a dimensão desse ensino para componentes contextualizados e uma compreensão hermenêutica das disciplinas da educação básica e sua interdisciplinaridade. Adequando-se a realidade vivida do aluno – meios de comunicação, ambiente espacial de vivência - arte, ciência e cultura –; denotando-se, ainda, a capacidade do ensino de filosofia de compreender e dialogar de forma contextualizada com as demais disciplinas da educação básica, mostrando o valor do conhecimento e da reflexão sobre o mundo. Dessa forma, a proposta aqui apresentada, busca direcionar as dinâmicas didáticas interdisciplinares no ensino de filosofia com a metodologia contextualização hermenêutica nas aulas de filosofia.