O Memorial Cristo Rei (MCR) foi criado com o intuito de resgatar, preservar e difundir a trajetória da Universidade Federal do Maranhão através do seu acervo histórico e documental composto por várias coleções, entre elas a fotográfica. Essa coleção em especial é formada por registros adquiridos por meio de doações, sendo boa parte destes registros realizados pelos profissionais de comunicação da instituição. O conjunto, que reúne cerca de 6.000 fotografias, conta fragmentos da história da Universidade, desde a sua construção no Campus do Bacanga a solenidades de inauguração de cursos até eventos recentemente realizados vinculados ao circuito museológico. Esse arquivo compõe parte da memória visual da UFMA, pois “a fotografia é um importante documento para construirmos as interpretações sobre o passado, num processo continuo de reconstrução da história com o objetivo de manter a memória para estudos presentes e futuros” (SILVA, 2012, p.12). Compreendendo a importância de se estabelecer regras e critérios que garantam a existência dessa narrativa imagética foi iniciado o processo de "Reorganização do Acervo Fotográfico do Memorial Cristo Rei" em fevereiro de 2013. A real importância desse processo está vinculada inevitavelmente à perspectiva de adaptação digital e tecnológica disposta pelo mundo moderno, pois a partir desse trabalho será possível um futuro desdobramento que incluirá uma intervenção criteriosa para a formação de um banco de dados digital disponível a pesquisas em rede, que servirá tanto para ordem de controle interno e para fontes de pesquisas, quanto para estudos externos realizados por pesquisadores e estudantes. O objetivo principal é salvaguardar a memória visual da UFMA por meio da preservação do suporte físico dessas imagens, utilizando princípios técnicos visando a maior durabilidade e retardando o processo gradual e inevitável de deterioração das mesmas. A manutenção de acervos fotográficos sempre competiu com a natureza frágil desse tipo de material gerando uma inquietação constante para gestores tanto de instituições públicas quanto privadas. Por isso, “o desejo em perpetuar as imagens fotográficas nem sempre resulta em preservação do documento, sobretudo se não houver uma política voltada à preservação com recursos destinados especificamente a esse fim”. (MARCONDES, 2005, p.2). É inevitável citar que em 1991 o prédio em que se encontra o museu passou por um episódio de incêndio, que comprometeu parte desse patrimônio. E atualmente, passa por uma nova restauração, visando melhoras nas condições de guarda e exposição do acervo. Mustardo citou que as "imagens devem evocar, dentro de nossas capacidades, que assegurar a futura preservação destas às vezes históricas, prosaicas, mas sempre cativantes, imagens fotográficas". Diante do exposto compreendemos que o acervo fotográfico do MCR é um instrumento social e cultural de pesquisa e difusão de conhecimento, e que possui um real valor histórico.