O trabalho discorre a organização do trabalho historicamente até chegarmos ao complexo processo de produção capitalista. Objetiva entender como o trabalho determina as relações sociais a partir de sua organização. Diante do estudo realizado, identificamos que o trabalho é a fonte de produção de toda a riqueza humana, pois através dele avançamos na organização de todas as dimensões da vida humana. Neste sentido, tomamos por base esta categoria de análise para compreensão dos fenômenos que se constituem historicamente e incidem sobre todas as classes sociais. O homem surge como um ser biológico, porém não se restringirá a esta esfera, sendo o trabalho e sua organização fundamentais para este avanço, pois para além da satisfação de uma necessidade biológica o trabalho nos constitui como ser social. Tal fato desencadeou a construção de relações sociais cada vez mais complexas, a exemplo do atual contexto, onde vivemos um alto nível de produção de bens e riquezas, porém a sociedade vivencia situações caracterizadas pela contradição, sendo, por exemplo, alarmantes os índices de pobreza e miséria. Destarte, torna-se necessário refletirmos sobre o desenvolvimento das relações de trabalho sob a égide capitalista e quais serão suas principais consequências para o conjunto da classe trabalhadora, visto que o fim último e primeiro desta organização econômico-social é a ampliação dos lucros. É importante citar que o sistema capitalista, tal como o concebemos atualmente, passou por diversas mudanças para que chegasse a esta fase de maturação. Assim, podemos observar que com o desenvolvimento do capitalismo o trabalho passa a ser um contrato livre sem nenhuma mediação relacionada com herança genética, religião ou privilégios. Além disso, concretamente, a influência do capital na vida do trabalhador extrapola seu ambiente de trabalho. Conclui que o desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo promoveu ainda mais a exploração da força de trabalho, entretanto, este processo não deve ser compreendido como unilinear, sem história ou resistência. Os trabalhadores não ficaram inertes, mas buscaram, também, historicamente, construir instrumentos de luta para diminuição das desigualdades sofridas, se organizando de forma coletiva, sendo múltiplas as formas de reivindicação: através de partidos, sindicatos, movimentos sociais e associações.