GUERRA FLUVIAL: A relação entre índios e neerlandeses no Maranhão e Grão-Pará na primeira metade do século XVII.
Karolynne Soares Sousa[1]
Karen Cristina Costa da Conceição (Co-autora)[2]
Eixo 3 – Mídia, Patrimônio Cultural e Sociedade
Universidade Federal do Maranhão - UFMA
Alírio Carvalho Cardoso (Orientador)[3]
karolsousa03@hotmail.com (E-mail do autor)
karencristinacosta@outlook.com (E-mail do co-autor)
aliriosj@yahoo.com.br (E-mail do orientador)
Os povos indígenas sempre tiveram importante participação em todos os processos de conquista nas regiões da América, sejam como aliados ou inimigos, acabaram desempenhando inúmeros papéis na construção da sociedade colonial. Esses indígenas até muito recentemente eram tratados sem a merecida atenção dos pesquisadores, principalmente historiadores. Entretanto, nas últimas décadas, os estudos históricos referentes aos povos indígenas têm se modificado e se multiplicado, aliando-se de forma interdisciplinar com a Antropologia, vão aos poucos desconstruindo visões simplistas e inadequadas referentes às nações indígenas. A partir dessas novas abordagens interdisciplinares, as interpretações e os estudos referentes aos povos indígenas têm se modificado de tal forma, que, passaram a surgir como agentes dos processos de mudanças vividos por eles. Portanto, o presente artigo tem o objetivo de analisar a Guerra Fluvial, esta que aconteceu no século XVII e que teve como palco a região do antigo Estado do Maranhão e Grão-Pará, e aconteceu entre os reinos da Espanha e dos Países Baixos e é considerada por muitos historiadores como uma guerra hibrida, devida a intensa participação indígena. A primeira metade do século XVII, portanto, caracteriza-se por inúmeros acontecimentos no Estado do Maranhão, como a Guerra Fluvial, as consequências da União Ibérica para a região e a institucionalização jurídica do Estado do Maranhão no ano de 1621. Desta forma, no período do acontecimento da guerra, se fez necessário o uso ativo das nações indígenas, pois eles eram os únicos conhecedores da região, dos rios e da forma de se manter por mais tempo, já que as redes fluviais eram praticamente as únicas existentes para se deslocar de um local para outro. Contudo, os documentos utilizados para análise são os do Arquivo Ultramarino, tendo como principais cartas, requerimentos e ofícios que foram escritos entre os reinos ibéricos e os oficiais ou viajantes que estavam na região no período do século XVII.
Palavras-chave: Indígenas. Guerra. Maranhão. Interdisciplinaridade.
[1] Mestranda em História Social pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: karolsousa03@hotmail.com
[2] Mestranda em História Social pela Universidade Federal do Maranhão. E-mail: karencristinacosta@outlook.com
[3] Professor do Programa de Pós-graduação em História Social na Universidade Federal do Maranhão. E-mail: aliriosj@yahoo.com.br