RESUMO: O presente trabalho é fruto da experiência como bolsistas do PIBID Interdisciplinar de Sociologia e História, com temática “Direitos Humanos, Democracia, Cidadania e Trabalho”, no C. E. Prof.ª Dayse Galvão, localizado no município de São Luís/MA, cujo objetivo geral consistiu em investigar a importância das instituições de ensino como um espaço privilegiado para desmistificar as relações socialmente atribuídas para cada sexo, bem como, um ambiente propício para a promoção da diversidade e do respeito às diferenças, tendo em vista que a escola é uma poderosa ferramenta de produção de diversas relações sociais e reprodução de ideologias. À vista disso, dialogamos com os alunos acerca de comportamentos discriminatórios que permeiam o nosso cotidiano e que são socialmente legitimados pelo senso comum, tendo, por exemplo, a cultura machista, que impõe um lugar socialmente inferior ao gênero feminino, além de desenvolver intervenções que privilegiavam o trabalho feminino pondo em pauta, sobretudo, a divisão sexista do trabalho e as diferenças salariais. O preconceito de gênero refere-se a atitudes que privilegiam determinado gênero em detrimento do outro, tais práticas são sutis e muitas vezes é invisível até as próprias vítimas, mas que subjugam, subestimam, desqualificam e violentam o gênero feminino. Por conta disso, reside a importância de se promover discussões sobre identidade de gênero nas escolas, visto que ainda tratamos meninos e meninas de forma desigual. Ao longo do desenvolvimento deste trabalho, foram feitas pesquisas bibliográficas e intervenções em sala de aula, tendo como foco temáticas de gênero que oportunizaram o diálogo entre a Sociologia e a História. E os resultados obtidos a partir destas intervenções, nos mostraram que a ausência de debates sobre questões de gênero no currículo escolar contribui para reafirmar certos comportamentos desiguais entre homens e mulheres dentro e fora da sala de aula. Deste modo, evidenciou-se que a escola é um espaço de cidadania e de respeito aos direitos humanos, logo, é de extrema importância discutir com os estudantes sobre essas questões, já que a ideologia sexista disseminada na sociedade precisa ser combatida de uma vez por todas. E os alunos devem ter a oportunidade de entender que “coisa de menina” é “coisa de menino” também.