A seguinte pesquisa de cunho teórico visa apontar as principais características que o Filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau demonstra sobre o papel da linguagem em possibilitar a consumação do relacionamento entre o seu hipotético aluno Emílio e Sofia. Para o autor, os homens não têm naturalmente a necessidade de construírem um relacionamento duradouro, na realidade, saciando sua necessidade física, nada mais os inclinaria a permanecer juntos. No entanto, progredindo o homem nos tempos, deixou o mesmo de ser regulado pura e simplesmente por seus instintos. Com o afloramento das paixões, o homem passa a orientar-se segundo estas, que já demasiadamente degeneradas, criaram toda sorte de inclinações aparentemente necessárias. Permanecer com uma fêmea tornando-a sua, e construir com esta uma família, torna-se também uma necessidade. Mas para que isso aconteça, é preciso que os sexos se conheçam, que se encantem mais que fisicamente um com o outro, é preciso que um sexo convença o outro de que é o mais forte, mais encantador, mais atraente, este encantamento faz-se de várias formas, mas é na linguagem que encontra o aparato necessário para firmar-se como tal. Assim, criada no império das paixões, esta torna-se imprescindível à galanteria que antecipa e firma os laços do amor. Destarte, é fundamental compreender o objetivo supracitado para o desenvolvimento da pesquisa.