Resumo: Essa apresentação é decorrente de plano de trabalho vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) inserido na pesquisa “Estéticas indígenas Contemporâneas: artes Canela e Ka’apor no Maranhão, coordenada pela professora Larissa Menendez. Nessa proposta serão apresentadas as concepções teóricas da Antropologia da Arte que fundamentam as concepções de arte indígenas abrangendo os seguintes autores: Boas, Price, Gell e Lagrou. Destacando principalmente os conceitos de agência propostos na teoria de Gell e nas publicações de Lagrou. Além da conceituação teórica, Boas e Price que destacam a falta de conhecimento e o olhar evolucionista sobre as produções indígenas. Porem a analise de outras publicações que fundamente a pesquisa acontecerá simultaneamente. Nas primeiras reflexões do plano de trabalho começamos a reavaliar criticamente conceitos que já fazem parte das noções básicas de nossa sociedade, e que Price, em seu livro Arte primitiva em Centros civilizados, estimula esse posicionamento quando nos questiona, logo de inicio, sobre o significado de “Arte Primitiva”. O termo amplamente discutido na antropologia e na historia da arte apresenta uma infinidade de definições, algumas vinculadas ao contexto de origens autenticas, e outras de caráter mais independente, “que tem a intenção de assinalar as sugestões que estão por trás do emprego atual do termo” (PRICE, 2000, p.20). No âmbito da historia da arte identificamos que o termo foi utilizado pela primeira vez no séc. XVI momento em que a produção era mais naturalista, mais ainda bastante estilizada. O historiador alemão Johann Joachim Winckelmann associou o conceito de Arte Primitiva, no séc. XVIII “a elementos antinaturalistas: estilização das figuras, frontalidade da representação, rigidez dos corpos e simplificação dos objetos representados”. (ITAU CULTURAL, 2017). No séc. XX as mudanças conjunturais que permitiram o acesso a diversas culturas, e a velocidade de comunicação, principalmente a aqueles que gozavam de privilégios, pertencentes à sociedade Ocidental, ainda utilizavam o termo para relacionar a uma produção isolada, e separada da cultura vigente. Apenas no desenvolvimento da arte moderna o conceito passou a integrar processo de revalorização da Arte. A sistematização dos dados desse plano de estudos encontra-se em andamento, buscando sempre a valorização e conhecimento da produção artística dos povos indígenas.