Nas atividades do programa de pós-doutorado em um programa de pós-graduação interdisciplinar em cultura e sociedade, a autora tem buscado desenvolver um mix de ações que aproximem aprendizagem ativa em moldes interdisciplinares. Busca neste resumo descrever a mediação didática com uso de tecnologias digitais interativas em duas disciplinas no referido programa. Na perspectiva docente, adotou-se uma mediação didática que incluem experiências de autonomia e colaboração por parte de todos os envolvidos na experiência educativa: docentes e alunos. Em dois semestres têm-se implementado inovação nas disciplinas onde a autora foi docente com a inclusão de tecnologias. Na primeira disciplina, Comunicação, Tecnologia e Sociedade, fizemos uso da criação de comunidades de aprendizagem colaborativa na rede social Facebook. Na segunda disciplina, ofertada um semestre depois, Ética, Política e Educação, fizemos uso de blog, mapas conceituais digitais e o aplicativo WhatsApp. Nestas iniciativas, com a proposta de novos espaços e novas metodologias, buscou-se favorecer a aprendizagem do aluno, ajudando-o a aprender a aprender, a aprender a pensar, situar suas aprendizagens, articulando com seus saberes anteriores e a aprender a negociar a ideias em trabalhos de grupos, ou seja, desenvolvendo novas competências mais articuladas ao contexto atual, o século XXI. São claramente ações que buscam inverter a lógica da sala de aula, distanciando-se das salas de aulas transmissivas. Na sala de aula, se a dinâmica for apenas os seminários discursivos proferidos pelos docentes, percebemos que este espaço não consegue envolver a todos, especialmente os mais tímidos, nem tornar este ambiente mais inclusivo. Muitos alunos não participam e não revelam assim o que sabem sobre o assunto e se estão compreendendo toda linha de argumentação desenvolvida pelo professor. Os alunos se mantem passivos, apáticos e distraídos. Na direção contrária, tendo como alvo uma aprendizagem ativa, fizemos uso de ações, acima descritas, que nos revelam os saberes individuais e coletivos. Acreditamos que tais metodologias ajudam no desenvolvimento de competências mais adequadas ao século XXI, como o pensar complexo, relacional, a autonomia, aprendizagem com seus pares, aprendizagem pela descoberta, aprendizagem baseada em problemas, criatividade e o pensamento crítico. Essas competências exigem metodologias mais de acordo, fazendo uso de novos cenários e de novas lógicas de aprendizagem, como o aqui descrito. Elas também estão mais de acordo com a nova geração de alunos que crescem em meios estimulados tecnologicamente e quais competências esperamos ver desenvolvidas e preconizadas para o século em questão. A mediação implementada nestas duas disciplinas buscaram efetivamente proporcionar uma aprendizagem mais dinâmica, envolvente e mais interativa. Elas revelam a postura docente assumida pela autora e também professora das duas disciplinas.
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