O MOVIMENTO DIALÉTICO NOS DIÁLOGOS PLATÔNICOS: uma proposta metodológica para o ensino de filosofia.
Autor (a): Katiane Suellen Melo Araujo[1]
Eixo 2: Gênero, Literatura e Filosofia
Orientador: Alexandre Jordão Baptista – DEFIL/UFMA
e-mail: ktyane.melo@gmail.com
e-mail: philokalos@gmail.com
O presente artigo propõe analisar o desenvolvimento do método dialético nos Diálogos platônicos e sua possível aplicação como método a ser utilizado no ensino de filosofia. O movimento dialético passará pelos seguintes níveis: imagem, definição, essência e ciência. Esses níveis são essenciais para o desenvolvimento do diálogo que Platão estabelece com seus interlocutores. O método dialético é desenvolvido a partir do elenchos que ilustra o método de investigação que aparece na forma de perguntas e respostas e é utilizado por Platão nos primeiros diálogos. O processo dialético passa pela construção das hipóteses que é um ponto de partida, um postulado sugerido. Este processo hipotético é essencial para analisar as deduções ou regressões. Complementando a processo dialético, observamos o movimento da synagoge que é o procedimento de reunião, unificação para alcançar o universal das ideias ou formas, este processo antecede a diairesis que é a divisão. Dividimos as hipóteses em dois ou o mais próximo possível para alcançarmos uma definição. Este procedimento é considerado essencial para o processo dialético. A partir deste contexto, Platão vem construindo sua filosofia utilizando o método dialético em seus diálogos e a partir deste método ele demonstra uma forma possível de ensinar filosofia e a filosofar. Para tanto, o desenvolvimento do método dialético só é possível através do diálogo. Nesta perspectiva, Paulo Freire nos apresenta em suas reflexões a importância do diálogo para a formação de sujeitos autônomos, pois o diálogo é necessário para que a humanidade exista. Logo, uma educação que é constituída através do diálogo é uma ralação horizontal de verdade entre educador e educando, pois a educação só acontece no compartilhamento de experiências entre ambos, onde o aprendizado é mútuo. Para Alejandro Cerletti, ensinar filosofia é ensinar a filosofar, ou seja, despertar em seus alunos a atitude filosófica sabendo que o filosofar é uma construção e complexa de cada indivíduo. A partir da realização das pesquisas, pretendemos observar como o desenvolvimento da dialética platônica irá colaborar para a construção filosófica do ensino de filosofia.
Palavras-Chave: Dialética. Platão. Diálogo. Ensino de Filosofia.
[1] Mestranda em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA/PROF-FILO
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