Com a dimensão alcançada pelo turismo, são múltiplas as possibilidades de pesquisas acerca desta temática. Desse modo, a busca pela apreensão desta prática social pode ser realizada pelo viés ambiental, político, econômico, social, espacial, dentre outros. Neste trabalho optou-se por empreender uma abordagem pela perspectiva socioeconômica. Assim, procedeu-se revisão bibliográfica de diferentes autores e registros sobre o assunto. Por meio de sua genealogia buscou-se entender seu processo de ascensão, em consonância com as mudanças ocorridas na sociedade a partir do advento da Revolução Industrial, onde foram criadas as condições para que o turismo se difundisse por diferentes espaços ao redor do mundo e se transformasse em um fenômeno social, logo espacial, dinâmico e complexo. Propõe-se o entendimento de espaço a partir da concepção de Milton Santos (2002), para quem espaço é algo indivisível dos seres humanos que o habitam e que o modificam todos os dias, por meio de sua tecnologia. Expõe-se que o turismo é uma atividade marcadamente capitalista que oferece prazer, status social e bem-estar ao consumidor, enredando-o nas tramas de um biopoder. Que associado ao lazer, passou a ser interpretado quase que como uma obrigação social, fazendo multiplicar o número de turistas que em férias e feriados prolongados se aventuram em uma viagem de lazer. Por fim, mostra-se que além dos espaços físicos, esta atividade alcançou também os espaços virtuais, passando a oferecer inovadoras possibilidades de produtos e serviços voltados para o consumidor on line.
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