O trabalho de pesquisa surgiu da experiência das pesquisadoras nos cursos de Letras Libras e dos desafios observados durante a graduação, observando importantes distinções no currículo, no perfil dos docentes e discentes e também no processo de ingresso do acadêmico na universidade. O objetivo é comparar os cursos do Letras Libras presencial e do polo do Letras Libras a distância que funcionam na Universidade Federal do Maranhão – UFMA, focando em seus desafios. Os cursos possuem características distintas que devem ser destacadas e analisadas para que possam ser sanadas. Alguns dos desafios já foram citados por Quadros (2014), Stumpf (2014) e Martins (2014) em que destacam a importância do curso para a sociedade e algumas de suas fragilidades quando foram implantados. Na pesquisa ora apresentada analisamos o curso implantado em 2006, pela Universidade Federal de Santa Catarina na modalidade a distância e com um polo na UFMA e o curso implantado, em 2015, apenas na modalidade presencial pela UFMA, ambos no campus de São Luís. A metodologia contemplou o método qualitativo de caráter bibliográfico, documental e pesquisa de campo. Os resultados são parciais e mostram que existem várias diferenças entre os cursos. O perfil dos discentes é diferente nas duas modalidades, sendo no presencial sem ou com poucos discentes com domínio da Língua de Brasileira de Sinais enquanto que na graduação a distância, os discentes apresentam fluência. O ingresso dos discentes, na modalidade presencial é feito por meio de prova escrita, para os ouvintes e em Libras apenas para os surdos. No curso a distância, a prova acontece apenas em Língua de Sinais. Quanto ao perfil dos docentes, no presencial nem todos tem domínio da Língua de Sinais, mas todos têm noções básicas, enquanto que na modalidade a distância todos possuem fluência em Libras, além de vários professores serem surdos.