O trabalho se insere dentro de um projeto chamado São Luís Patrimônio Cultural da Humanidade: a dualidade da interação entre o turista e o espaço da cidade. A pesquisa investiga os constrangimentos ocasionados durante o processo de interação do turista e os espaços da cidade. O objetivo é identificar esses constrangimentos turísticos que podem surgir através da relação que o turista estabelece com o destino turístico, bem como os impactos que esses entraves podem trazer apara o setor econômico da região, visto que, o turismo torna-se cada vez mais vetor de crescimento e desenvolvimento das cidades. Utilizou-se de revisão literária e coleta de dados para adquirir informações que ajudassem na formulação dos resultados da pesquisa. Resulta-se na concepção de uma abordagem do termo constrangimento turístico com ênfase na sua relação com os espaços da cidade, atrelando sua causa e efeito ao fenômeno do turismo e seus processos de interação do turista e dimensões espaciais da cidade. A partir desse resultante, coloca-se a atividade turística como vetor de alterações no cenário das cidades e também consequente interferência no patrimônio material que está presente nas áreas em que ocorre a prática turística, atribuindo valor às interações humanas que modificam constantemente as conjunturas espaciais, ora criando aproximação, ora criando distanciamento do turista e o espaço da cidade. Os constrangimentos turísticos são intrinsecamente ligados à estrutura física da cidade, a qual trará ou não sensação de acolhimento aos turistas. É importante que os gestores do turismo de São Luís pensem a cidade como parte do produto final que é divulgado e comercializado e assim, trabalhar de forma integrada para tornar a cidade uma extensão benéfica do setor turístico, agregando valor aos atrativos e fortalecendo a prática turística dentro dos espaços da cidade. A pesquisa orienta-se pela proposta teórico-metodológica adotada pela Análise do Discurso de base foucaultiana, na direção que é dada no Brasil pelos trabalhos de PETROCCHI (1998), SANTOS (1996) e nas preocupações de um grupo de pesquisadores, que vêm, a partir da AD, pensando as identidades maranhenses (CRUZ, 2005; CARVALHO, 2001).