Razão e sensibilidade em Rousseau: o sentir que precede o pensar
Márcia Manir Miguel Feitosa[1]
Luciano da Silva Façanha[2]
Lussandra Barbosa de Carvalho[3]
Na Antiguidade, filosofava-se acerca da pólis, focando na inserção do homem no meio social. Assim, pensava-se apenas no coletivo, na ordem e no bem em prol de um dado grupo. Já na Modernidade, os filósofos começaram a colocar o homem, de forma diferente, no foco das reflexões; levou-se em consideração o “eu”, o indivíduo, a subjetividade.Com o advento iluminista, constatou-se que somente a razão nortearia o homem a conhecer o meio que o rodeia e a si próprio. O século XVIII vivenciaria, ainda, uma reviravolta no ramo do conhecimento: não apenas a ciência, mas também as artes seriam submetidas às exigências da razão. Neste meio, surge Jean-Jacques Rousseau, autor de O Emílio ou da Educação e de O Contrato Social, considerado “o inimigo dos romances”, que usou a linguagem desses escritos para criticar os costumes de seu próprio tempo. Objetiva-se analisar, portanto, como o genebrino tratou a temática da sensibilidade e da subjetivação no período iluminista em que as regras eram todas ditadas pelo uso da razão.
Palavras-chave: Rousseau, Razão, Sensibilidade, Iluminismo.
[1] Profª Drª do Departamento de Letras da UFMA, do Programa de Pós-Graduação em Letras (PGLetras/UFMA) e do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult/UFMA).
[2] Prof. Dr. do Departamento de Filosofia da UFMA, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PGCult/UFMA).
[3] Mestre em Cultura e Sociedade, graduanda em Filosofia pela UFMA.