A VALORAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

  • Autor
  • Sérgio Roberto Pinto
  • Co-autores
  • Abigail Cardoso
  • Resumo
  • A valoração econômica de um bem cultural é um dos elementos que devem ser levados em consideração na formulação de políticas públicas para o setor. Apesar de o assunto ser relevante, no Brasil, ainda é pouco explorado. Alinhado a perspectiva ao eixo Patrimônio Cultural e Sociedade, este estudo tem como objetivo identificar os métodos científicos utilizados para mensuração e/ou valoração de uma riqueza associada ao patrimônio histórico e cultural. Trata-se de um estudo exploratório, na qual se fez uma revisão bibliográfica utilizando o banco de dados do “periódicos CAPES”, sendo selecionado os 20 artigos mais acessados nos últimos cinco anos. Os Centros históricos e as manifestações culturais contêm um amplo conjunto de valores que tornam complexas a sua mensuração econômica. O patrimônio cultural possui valores sociais e econômicos cujo efeito, além da estética, é o bem-estar e a qualidade de vida da sociedade. Assim, os bens de patrimônio histórico e cultural podem ser vistos como um conjunto de bens não comercializáveis ??ou que contenham valores de mercado. Esses bens expressam-se em tangíveis, tais como edifício histórico, sítio arqueológico, obras de artes. As manifestações culturais de uma sociedade, que ao longo dos anos são repassadas de pai para filho, considerados como o conjunto de bens intangíveis. São constituídos de propriedades históricas e culturais, caracterizados como domínio público, tendo a necessidade de financiamento do Estado para manutenção e conservação. Existem diversas métodos de valoração econômica, dentre os quais se destacam o método de custo de viagem, o método de valoração de contingente, discrete choice modelling, preços hedônicos, disposição a pagar e a receber. Neste estudo pode-se perceber que existe a predominância de estudo aplicados, resultando em 11 (ONZE) artigos empíricos e 7 (sete) teóricos. O método que mais se destacou foi o “Disposição à Pagar” nos estudos de Valoração de Contingente. Nos artigos analisados 6 (seis) artigos usaram o método de disposição à pagar. Existem algumas inovações e esforços para o desenvolvimento de novos modelos. Esses estudos, que caminham para um rompimento da dicotomia meio ambiente x patrimônio cultural, apresentam uma preferência pelo patrimônio que têm apelo turístico, como os patrimônios da humanidade. O estudo permite, nestes tempos de turismofobia, levantar uma questão muito interessante e pertinente que não foi identificada nos artigos. Utilizando o método de valoração contingencial, quanto os moradores estão “dispostos a receber” financeiramente para permitir a atividade turística?

  • Palavras-chave
  • Valoração, Patrimônio histórico e Cultural, Sociedade.
  • Área Temática
  • apresentou
Voltar Download