A LINGUAGEM COMO PRESSUPOSTO ÉTICO: uma análise da filosofia moral habermasiana
Valdirene Pereira da Conceição
Professora do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão- UFMA (Brasil)
Doutora em Linguística e Língua Portuguesa
cvaldireneufma@gmail.com
Misael Barbosa Jansen
Graduado em Filosofia pelo Instituto de Estudos superiores do Maranhão- IESMA (Brasil)
Misael.bj@hotmail.com
Pós- graduando em Filosofia ética e Política pelo Instituto de Estudos Superiores do Maranhão – IESMA.
EIXO 2- Gênero, Literatura e Filosofia
Investigação sobre o papel da ética na sociedade contemporânea, tendo como o paradigma não o da consciência, mas a linguagem como elemento fundante de uma nova ética consoante com os problemas da sociedade atual. Trata de pensar uma ética viável e plausível a ser posta em prática no contexto paradoxal egoísta e individualista. Desse modo, encontramos em Habermas uma proposta coerente com a nossa época, uma vez que, reconhece a universalidade da moral kantiana, mas reformula tendo como ponto de ancoragem o discurso, ou seja, a linguagem é a referência para que se possa pensar uma nova ética. Apresenta o diálogo entre os sujeitos como elemento necessário para que se possa chegar a um consenso. Enfatiza a capacidade cognitiva e linguística num processo intersubjetivo como meio de acordo entre os sujeitos envolvidos no discurso. A tese aceita entre os envolvidos deve ser a aquela que apresentar argumento convincente e válido para todos os envolvidos. A questão é como é possível sujeitos que pensam e agem de forma diferente e que tem interesses diversos podem chegar a um denominador comum, para o autor, em questão essa multiplicidade de interesse e de interpretação de um fenômeno tem como critério de verdade o discurso como um valor universal mediatizado pelo elemento essencial do ser humano a linguagem, mas que respeita a diversidade de discurso. Por meio desse pressuposto ético Habermas, visa reformular o projeto moral kantiano na sociedade contemporânea. Sendo assim visa mostrar a ética discursiva como a mais plausível como nossa época que vive uma escassez de valores. O ser humano além de social, político é um ser comunicante por isso, criou a linguagem como elo essencial para a convivência social. Na sociedade atual onde os valores estão em desuso à linguagem como pressuposto ético, revela-se como algo necessário para que haja uma comunicação eficaz e uma revalorização dos valores. Desse modo, a palavra é o elemento para o ser humano se comunicar com o mundo, com o outro e consigo mesmo.
Palavras-chave: consenso, linguagem, intersubjetividade, diálogo.