O SENHOR DAS MOSCAS, DE WILLIAM GOLDING: O HOMEM EM SEU ESTADO DE NATUREZA
Eixo 2- Gênero, Literatura e Filosofia
Carolina Silva Almeida (UFMA)
Ubiratam Camara Barros (UFMA)
Orientadora: Profª Drª Maria Aracy Bonfim (UFMA)
A obra Senhor das Moscas, de William Golding (1911-1993), vencedora do Prêmio Nobel de Literatura, em 1983, é uma das obras da literatura inglesa com mais visibilidade, tornando-se em adaptações cinematográficas por mais uma vez. O romance conta a história de um acidente de avião, onde sobrevivem todas as crianças em uma ilha, local sem habitantes adultos e que esses seres terão que criar suas formas de viver e sobreviver em um ambiente sem regras pré-estabelecidas. O presente trabalho visa discorrer sobre o papel do homem em sociedade em seu estado natural ou estado de natureza. Segundo HOBES (1997, p. 48), “o direito de natureza(...) é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza (...) e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim”. Como produto final de todo ambiente trabalhado, temos crianças em estado de guerra, dividindo-se em dois grupos, onde um representa a democracia, e outro faz a vez de um regime anárquico. A representação trazida pela obra reforça a ideia de que o homem precisa de limites para que ele não viva em constante estado de guerra, um contra o outro com o pretexto de querer alcançar a paz. Além disso, a representação da personagem Senhor das Moscas para fazer a conexão entre o homem e o estado espiritual como justificativa para a maldade que há em cada ser.
Palavras-chave: Senhor das Moscas. Liberdade. Natureza. Sobrevivência.