ARTE-BIOLOGIA: CIÊNCIA, CULTURA E ARTE NO ENSINO DE BIOLOGIA
Existem relações profundas entre ciência, cultura e arte no processo de criação humana, entretanto, a discussão integrada dessas áreas raramente se materializa nas salas de aula, em especial nas aulas das Ciências e Matemáticas. O presente trabalho apresenta os da proposta de articulação entre as diversificadas formas de manifestação artístico-cultural e o ensino de Ciências, desenvolvida durante o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência em Biologia, da Universidade do Estado do Pará (PIBID/UEPA – Biologia). A proposta do PIBID – Biologia então, buscou estimular os licenciandos a utilizarem as diversas formas de arte, como música, poesia, teatro, produções cinematográficas e outras como material alternativo para o ensino de conteúdos biológicos. Nessa perspectiva, a contribuição do projeto para o processo formativo desses futuros professores tem se concretizado através das propostas metodológicas elaboradas e implementadas na escola. Como resultado desse processo propositivo e formativo foram desenvolvidas as seguintes propostas: a dramatização “O Julgamento da Cobra” - em que se trabalhou a conscientização acerca do papel ecológico das serpentes; o projeto de ensino “Biojóias: arte e cultura no ensino de Biologia” – apresentando a temática da bioculturalidade; e a sequência didática “Arte como recurso didático no ensino de saneamento básico” – estimulando discussões acerca da questão do saneamento básico a partir de recursos como vídeos, gravuras e poemas. Todas as atividades foram desenvolvidas numa perspectiva interdisciplinar, buscando acionar conteúdos de áreas como a Matemática, além de Artes e Língua Portuguesa. As vivências proporcionadas pelo PIBID, foram avaliadas pelos bolsistas como estratégias capazes de os fazer discutir e refletir acerca de temáticas sociais importantes em sala de aula, por meio de propostas diferenciadas que provocassem os alunos à refletir sobre o seu papel na sociedade e a importância de ações que visem o bem estar comum, a partir da arte e da cultura como recurso motivador para discussões mais críticas e conscientizadoras, tendo em vista o potencial da mesma em estimular a criatividade dos estudantes e a grande variedade de ferramentas disponíveis para tal, apresentando-se, portanto, como alternativa para ilustrar e demonstrar temáticas e situações que demandem estratégias metodológicas mais críticas e reflexivas.