Este estudo tem como recorte as atividades extensionistas e o processo de criação das apresentações teatrais realizadas pelo Grupo de Estudos e Práticas Artísticas Teatrais (GEPAT) -“Pessoas”, no período de 2015 a 2016 e o aspecto propulsor consistiu em analisar reflexivamente a contribuição destas atividades experienciadas, tanto para a sistematização da prática pedagógica docente quanto para a formação dos alunos/integrantes deste grupo. A experiência enfatizada neste escrito é fundamenta na apropriação do vivido por meio da escrita como língua da experiência (LARROSA, 2014) e das experiências vividas possibilitando reinvenção dos sujeitos (TELLES, 2015). Nesta análise se apresentam as temáticas abordadas, a metodologia empregada, a sistemática de avaliação e os desafios de fazer ou tentar fazer teatro em um ambiente que respira a Química-o ensino técnico/instrumental- mas parte significativa desta respiração vem da Arte, do Teatro, comungando um olhar focado para o território das práticas teatrais, com ênfase numa abordagem pedagógica, valorizando os preceitos de uma educação sensível e estética, em que a teoria e a prática caminharam juntas. A metodologia é fundamentada na pesquisa qualitativa, com caraterísticas teórico-prático-metodológico, Fernandes et al. (2015) e destacam-se, como técnicas de pesquisa, os relatórios, diários de bordo, materiais sonoros, visuais, entrevistas orais e escritas. Estas atividades de extensão e criação artística do grupo se realizaram de maneira colaborativa em que os alunos tiveram vez e voz, se estabeleceu um saber (com) partilhado baseado no fazer e na sua reflexão. Participar deste tipo de proposta possibilitou aos partícipes vivenciar o conhecimento artístico, estético e solidário, respeitando os sujeitos como colaboradores ativos atribuindo significância à aprendizagem.