A PALMATÓRIA E A CULTURA ESCOLAR DO MARANHÃO NO SÉCULO XIX : ENTRE ARTEFATOS E PRÁTICAS COTIDIANAS

  • Autor
  • Antonio Mario Santos Costa
  • Resumo
  • O presente trabalho é mais um de muitos que articulam forças com o  Núcleo de Estudos e Documentação e História da Educação das Práticas Leitoras no Maranhão (NEDHEL). Uma dessas  iniciativas se faculta quando César Augusto Castro começa a reunir dentre outros documentos impressos, as Leis e Regulamentos da instrução pública no Maranhão Império  , afim de contemplar  o propósito do Núcleo. O escopo é resgatar o cotidiano escolar maranhense no século XIX, tendo como eixos de investigações as instituições escolares, a cultura material, a arquitetura escolar, as práticas leitoras entre outros aspectos referentes à história da educação. Essas práticas  e relações se traduzem  no cotidiano escritas em impressos e objetos escolares. O presente  estudo objetiva problematizar como o uso da palmatória se inseria na   cultura escolar do século XIX , mais precisamente na província do  Maranhão, mediando juntamente com outros artefatos as práticas de castigo e punição no ambiente escolar. Por esse designo , no imaginário dos sujeitos que viviam naquela sociedade, observa-se  uma intima relação entre educação  e violência, sendo que castigar e corrigir eram entendidos como sinônimos. Desta feita  a violência estava presente  no imaginário daquela sociedade como mecanismo de controle,  se manifestando no ambiente familiar e se estendendo para a escola, sendo a palmatória um artefato material e simbólico que mediava esse processo. A conclusão breve dessa conjuntura é que, o que estava em jogo naquele contexto histórico, era a disciplinarização  e  normatização dos sujeitos, para a manutenção da estabilidade social e a instrumentalização da violência era entendida como ideal para tal fim.

  • Palavras-chave
  • Maranhão, Escolarização , Artefatos, Palmatória
  • Área Temática
  • apresentou
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