O presente trabalho é mais um de muitos que articulam forças com o Núcleo de Estudos e Documentação e História da Educação das Práticas Leitoras no Maranhão (NEDHEL). Uma dessas iniciativas se faculta quando César Augusto Castro começa a reunir dentre outros documentos impressos, as Leis e Regulamentos da instrução pública no Maranhão Império , afim de contemplar o propósito do Núcleo. O escopo é resgatar o cotidiano escolar maranhense no século XIX, tendo como eixos de investigações as instituições escolares, a cultura material, a arquitetura escolar, as práticas leitoras entre outros aspectos referentes à história da educação. Essas práticas e relações se traduzem no cotidiano escritas em impressos e objetos escolares. O presente estudo objetiva problematizar como o uso da palmatória se inseria na cultura escolar do século XIX , mais precisamente na província do Maranhão, mediando juntamente com outros artefatos as práticas de castigo e punição no ambiente escolar. Por esse designo , no imaginário dos sujeitos que viviam naquela sociedade, observa-se uma intima relação entre educação e violência, sendo que castigar e corrigir eram entendidos como sinônimos. Desta feita a violência estava presente no imaginário daquela sociedade como mecanismo de controle, se manifestando no ambiente familiar e se estendendo para a escola, sendo a palmatória um artefato material e simbólico que mediava esse processo. A conclusão breve dessa conjuntura é que, o que estava em jogo naquele contexto histórico, era a disciplinarização e normatização dos sujeitos, para a manutenção da estabilidade social e a instrumentalização da violência era entendida como ideal para tal fim.