Apesar de sua importância, a unidade de terapia intensiva neonatal é, por excelência, um ambiente estressante ao Recém-nascido devido ao excesso de estímulos sensoriais, como iluminação intensa, ruídos e mudanças de temperatura, causando interrupções abruptas do sono, desconforto e dor, gerando impactos na maturação e no desenvolvimento1 . Objetivou-se descrever as interferências ambientais que podem comprometer a saúde do Recém-Nascido nas Unidades de terapia Intensiva Neonatal. O método aplicado consistiu em uma revisão de literária, no período entre 2010 a 2021, utilizando como fonte de busca 30 artigos científicos com as bases do Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e 04 na Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde (BVS-MS), como parte do trabalho de conclusão de curso em enfermagem. Nos resultados encontramos os ruídos relacionados aos alarmes de equipamentos, choro dos recém-nascidos e fala dos profissionais, acarretando alterações tanto fisiológicas quanto comportamentais no desenvolvimento do neonato 1. A luminosidade da fototerapia na incubadora expõe o bebê a risco de queimaduras, além de diminuir a saturação de oxigênio, podendo causar estresse, apnéia, taquicardia e retinopatia2. O manuseio excessivo devido aos inúmeros procedimentos terapêuticos, diagnósticos e de rotina causam dor aguda e desconforto2. Desse modo, a hospitalização do bebê que não vivencia estímulos seguros e de fato afetivos em uma UTI aumenta as chances de prejuízo no desenvolvimento neurobiológico e psicológico, causando repercussões a médio e longo prazo3. Conclui-se que deve-se aliar os avanços tecnológicos com uma assistência neonatal sensível e individualizada, pautada nos princípios da humanização com o neonato.
CONGRESSO ACADÊMICO DA FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNICAMP
1ª EDIÇÃO
REALIZAÇÃO: 06 E 07 DE NOVEMBRO DE 2021
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