O Brasil possui uma das menores taxas de doações, gerando um aumento progressivo na lista de espera por transplante. É fundamental a análise minuciosa dos dados obtidos em cada região do país, a fim de identificar as fases do processo de doação que necessitam de aperfeiçoamento. O objetivo deste estudo foi analisar a eficácia do processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes no estado de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa quantitativa do tipo, retrospectiva, transversal e exploratória. Os dados foram obtidos a partir de relatórios publicados pelo Registro Brasileiro de Transplante, no período de 2010 a 2020. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (Parecer: 4.498.388). Os resultados mostram que dentre a média de potenciais doadores apenas 34% se tornaram doadores efetivos, com uma porcentagem de 66,00% de não doadores, sendo a recusa familiar responsável por 37,57%, e a parada cardiorrespiratória com 23,02%. No período avaliado, o estado de São Paulo, teve 29.494 potenciais doadores, dos quais 19.270 famílias foram entrevistadas para doação de órgãos e apenas 10.043 tornaram doadores efetivos. Estes achados poderão constituir-se como subsídios aos gestores de saúde, para elaboração de políticas públicas para melhor planejamento e implementação de intervenções que visem aperfeiçoar as etapas do processo de doação de órgãos e consequentemente, aumentar taxas de doadores efetivos e reduzir as filas de espera por um transplante.
CONGRESSO ACADÊMICO DA FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNICAMP
1ª EDIÇÃO
REALIZAÇÃO: 06 E 07 DE NOVEMBRO DE 2021
MODALIDADE ONLINE
CONTATO: cafeu@unicamp.br