INTRODUÇÃO: O Processo Transexualizador realizado pela população Trans/Travesti caracteriza-se em escuta, acolhimento, procedimentos cirúrgicos e endócrinos que permitem a afirmação de gênero conforme sua identidade de gênero. Porém restrições, desqualificação profissional e transfobia impedem o acesso de forma segura, integral e universal. Então como essa população vivencia, acessa e é atendida durante o Processo Transexualizador? OBJETIVOS: Compreender o Processo Transexualizador vivenciado pela população Trans/Travestis. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, através de entrevistas semi-estruturadas, via mídias sociais, e diário de campo. Os sujeitos foram indivíduos maiores de 18 anos, que se autodeclararam transexual ou travesti. Os dados, gravados e transcritos, foram analisados pelas categorias de Acesso à Saúde e Trnasexualidade. RESULTADOS: De onze indivíduos contactados, participaram da pesquisa quatro mulheres trans/travesti e um homem trans. Sobre o Processo Transexualizador, referiram realizar psicoterapia e hormonioterapia, sendo que alguns já realizaram algum procedimento cirúrgico ou assim o desejavam. Da análise, define-se três categorias: o Começo - da irregularidade ao acompanhamento, promovendo liberdade; do Acesso ao Atendimento - uso incorreto do nome social ou pronomes, restrição de serviços especializados e burocracia; e, a Desconstrução do Sistema - padrão cisnormativo, desqualificação profissional, garantia de direitos. CONCLUSÕES: O desacesso ao Processo Transexualizador é dado por três principais fatores: a desqualificação profissional, a ausência de implementação das políticas públicas e diretrizes dentro dos serviços de saúde, e o padrão cisnormativo presentes na formação acadêmica, nos processos de trabalhos das instituições e na ideologia social que retroalimenta as violações e a transfobia sofridas por essa população.
CONGRESSO ACADÊMICO DA FACULDADE DE ENFERMAGEM DA UNICAMP
1ª EDIÇÃO
REALIZAÇÃO: 06 E 07 DE NOVEMBRO DE 2021
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