SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS DA PRIMEIRA INFÂNCIA: CONCEPÇÃO DE EDUCADORES

• Autor
• Nelson Silva Rodrigues Júnior
• Co-autores
• Aline Raquel de Sousa Ibiapina
• Resumo

• INTRODUÇÃO: As doenças mentais são alterações que, na maioria das vezes, desenvolve sinais na infância. Entende-se, hoje, que dificuldades emocionais e comportamentais na primeira infância nem sempre são fases transitórias do desenvolvimento normal. Considera-se o ambiente escolar como algo fundamental no processo de identificação de fatores preditivos de algum sofrimento infantil. OBJETIVOS: Identificar aspectos da saúde mental de crianças da primeira infância, sob a concepção dos educadores.  METODOLOGIA: Trata-se de estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado com 30 professores de 387 crianças, da faixa etária entre dois e seis anos, matriculadas em duas escolas públicas municipais. Para a coleta de dados, aplicou-se o Questionário de Capacidades e Dificuldades– SDQ, composto por 25 itens organizados nas seguintes subescalas: hiperatividade, sintomas emocionais, problemas de conduta, relações interpessoais e comportamento pró-social. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí, sob parecer 2.948.491. RESULTADOS: A média da idade encontrada dos 387 alunos foi de 3,7 anos, com discreto predomínio masculino. Quanto à escala SDQ, identificou-se que 86,8% de crianças tinham desenvolvimento normal, 5,4% desenvolvimento limítrofe e 7,8% anormal. Quando aos sintomas emocionais destaca-se o item “Fica inseguro quando tem que fazer alguma coisa pela primeira vez, facilmente perde a confiança em si mesmo”, que houve 16% assinalados como verdadeiro. Em relação à subescala de problemas de conduta, 10% afirmam que as crianças “Frequentemente têm acessos de raiva ou crises de birra”. Na subescala de sinais de hiperatividade o item 15, “Facilmente perde a concentração” foi observado em 18% das crianças. No que se refere à questão de problemas de relacionamento com os colegas, não foi evidenciado dificuldades de relacionamentos; visto que a maioria “Tem pelo menos um bom amigo ou amiga” (71%). CONCLUSÃO: A pesquisa identificou que as crianças possuem desenvolvimento satisfatório e uma boa saúde mental. Além disso, esse estudo mostrou-se eficiente por rastrear prováveis problemas de saúde mental de crianças na escola, oferecendo elementos necessários não para definição de um diagnóstico, mas para elementos de conhecimento acerca da temática e análise da situação de saúde mental em crianças. 

   

• Palavras-chave
• Comportamento Infantil, Psiquiatria Infantil, Serviços de Saúde Escolar.
• Área Temática
• Saúde mental