Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é definida pela presença de patógenos no sistema urinário oriundos por via ascendente, hematogênica, linfática ou fístula vesicoenteral. Na pediatria, é a segunda infecção bacteriana mais comum, devendo ser manejada de modo singular às características do paciente. Objetivo: Assim, esse estudo preza pela compreensão desde a abordagem inicial até o tratamento da ITU em lactentes (menores de 2 anos). Metodologia: É uma revisão bibliográfica baseada em informações colhidas a partir da Sociedade Brasileira de Pediatria e SCIELO. Dentre os descritores em ciências da saúde (DeCS) utilizados: ‘’infecção urinária’’; ‘’lactentes’’; ‘’antibióticos’’. Resultados: À luz da epidemiologia, a ITU pediátrica atinge crianças de ambos os sexos. Em pacientes lactentes, observa-se maior incidência, principalmente devido a alterações anatômicas não antes diagnosticadas. O médico deve se atentar à possibilidade de ITU naqueles casos de lactentes com febre há mais de 24 horas sem causas aparentes, associada a vômitos, diarreia e baixa aceitação dietética. O diagnóstico é realizado pela coleta da urina via cateterismo vesical ou punção suprapúbica (PSP) - pacientes sem autonomia de esfíncter. Assim como para adultos, a urocultura é padrão-ouro para o correto diagnóstico, tendo valores de referência variáveis conforme método de coleta: se PSP, presença de colônias; se cateterismo vesical, valor maior que 1000 UFC/ml; se jato intermediário, valor maior que 50.000 a 100.000 UFC/ml. O tratamento inicial deve ser iniciado empiricamente com antibióticos, priorizando cobrir E. coli (80% dos casos), de 7 a 14 dias. Se o paciente apresentar febre, optar por Cefaclor e Cefuroxime via oral ou Cefuroxime via intravenosa, por exemplo, ao passo que para ITU afebril é preferível Nitrofurantoína e Sulfametoxazol – Trimetoprima via oral. A internação é recomendada para menores de 2 meses de idade e crianças com comorbidades. O diagnóstico por imagem é complementar, principalmente por intermédio da ultrassonografia, objetivando descartar alterações anatômicas. Conclusão: É indubitável que a ITU em lactentes é corriqueira e, no processo saúde-doença, deve sempre ser levantada a hipótese pelo médico. O diagnóstico precoce e correto manejo da infecção implicará em menores chances de complicações à saúde da criança.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com