INTRODUÇÃO: Anemia ferropriva na infância (AF) caracteriza-se pela diminuição dos níveis de hemoglobina a -2 desvios padrões (DP) dos valores para faixa etária devido baixo níveis de ferro. A principal causa é a ferropenia. Cita-se também perdas sanguíneas, processos infecciosos, doenças disabsortivas. É um problema social e de saúde pública que exige para sua solução além de políticas públicas, mudanças alimentares e tratamento adequado. Como consequências, tem-se o comprometimento do desenvolvimento cerebral, habilidades cognitivas, motoras e comportamentais da criança, as quais podem ser permanentes. OBJETIVO: Avaliar a prevalência da AF, suas causas e impactos na infância enquanto emergência pediátrica e problema de saúde pública; avaliar medidas de prevenção e tratamento da doença. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica sobre AF com busca de artigos nas bases de dados Scielo e Google Acadêmico. Foram selecionados trabalhos publicados no período de 2000 a 2020. RESULTADOS: A AF, no Brasil, tem prevalência de 53% em crianças de 6 meses a 5 anos. Nos primeiros 6 meses de vida, o leite materno é suficiente para suprir a necessidade de ferro. Após isso, precisa de complementação com alimentos e uso profilático do ferro. Os sintomas mais comuns da doença são irritabilidade, anorexia, fadiga, diminuição da capacidade física e cefaleia. Nos primeiros anos de vida há uma associação entre a enfermidade e alterações comportamentais, atraso no desenvolvimento e queda no rendimento escolar. O diagnóstico na criança exige uma história detalhada, exames laboratoriais que evidenciem uma anemia microcítica e hipocrômica associada a ferro sérico e ferritina diminuídos. A profilaxia da doença constituiu de boa orientação alimentar, controle de infecções parasitárias e suplementação medicamentosa profilática. Uma vez diagnosticada, o tratamento com ferro em dose terapêutica deve ser iniciado. CONCLUSÃO: A AF compromete o crescimento e desenvolvimento da criança, sendo considerada uma emergência pediátrica. Dessa forma, conclui-se que sua prevenção deve focar na orientação alimentar dos lactentes (aleitamento exclusivo até os 6 meses) e do uso profilático do ferro. Deve-se atuar também no diagnóstico precoce, definição da causa e tratamento para que as repercussões para a vida futura da criança sejam minimizadas.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com