Introdução: A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma doença degenerativa, a qual possui característica autossômica recessiva, causada principalmente por uma mutação homozigótica ou pela deleção do gene 1 de sobrevivência do motoneurônio (SMN1). Objetivo: O presente estudo teve por objetivo esclarecer os atuais e futuros métodos de diagnóstico e tratamento para atrofia muscular espinhal. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada nas bases de dados da Pubmed, aplicando-se os termos “Spinal muscular atrophy” “treatment” e “diagnosis”. Foram selecionados artigos completos e gratuitos, revisão sistemática, meta-análise ou ensaios clínicos, publicados entre 2018 e 2022. A pesquisa resultou em 27 artigos, dos quais 17 foram excluídos por não abordarem suficientemente o tema, resultando em 10 artigos para o trabalho. Resultados: No que se refere ao tratamento, destaca-se o Nusinersen, oligonucleotídeo antisense sintético, que é eficiente ao promover a inclusão do éxon 7 no transcrito do RNA pré-mensageiro do gene SMN2, tornando-o capaz de codificar a síntese da proteína SMN funcional. Outro tratamento promissor é o AVXS-101, caracterizado por única infusão de adenovírus associado ao gene do neurônio motor controlado por promotor de beta-actina, capaz de melhorar a função motora e aumentar a sobrevida dos pacientes. Já o Onasemnogene Abeparvovec (OA), ao abordar a causa raiz da AME, aumenta a concentração de aminotransferases, provocando considerável lesão hepática nos pacientes. O diagnóstico da AME é dado por análise eletrofisiológica e histológica, buscando evidência de perda de inervação dos músculos esqueléticos. Conclusão: No que tange ao diagnóstico, o presente estudo mostra que não houve nos últimos anos o desenvolvimento de um novo método, sendo realizado pela evidência de desnervação muscular, constatada na eletromiografia e na biópsia muscular, com a possibilidade da realização de um exame confirmatório de análise molecular. Logo, conclui-se que a AME é um distúrbio de difícil diagnóstico, pouco conhecido e o tratamento é incerto, visto que tratamentos farmacológicos e terapias de suporte ainda não são capazes de recuperar motoneurônios ou células musculares mortas. No entanto, visam retardar a progressão da doença e melhorar o músculo residual dos pacientes, além de oferecer melhor qualidade de vida e expectativa de vida.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com