Introdução: Intoxicação é o processo constituído pelo agregado de sinais e sintomas que retratam a instabilidade orgânica promovida pela ação de uma substância tóxica. As crianças menores de cinco anos constituem um grupo vulnerável às intoxicações exógenas, tendo em vista que adquirem experiências de mundo por meio do paladar e do tato, levando tudo que encontram à boca. Nos países desenvolvidos, constituem a principal causa de mortalidade nas crianças acima de um ano de idade e contribuem para a morbidade infantil, além dos altos custos que representam aos sistemas de saúde. Objetivo: Descrever as características clínico-epidemiológicas dos casos de crianças vítimas de intoxicação no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, em que os artigos foram obtidos por meio da pesquisa nos bancos de dados SciELO e Google acadêmico, sendo usados os descritores, em língua portuguesa: “intoxicação”; “pediatria”; “epidemiologia”. Foram incluídos artigos originais, relacionados ao tema proposto. Foram excluídos artigos incompletos. Resultados: Em relação à faixa etária mais acometida, 33% dos casos de intoxicação notificados à Rede Nacional de Centros de Controle de Intoxicações foram de crianças menores de cinco anos. Houve um leve predomínio do sexo masculino na porcentagem dos acometidos. As reações mais usualmente expressas na intoxicação foram: sonolência, agitação psicomotora, taquicardia e vômitos. Em relação aos agentes tóxicos, os mais letais foram, respectivamente: medicamentos, agrotóxicos, domissanitários, químicos e animais peçonhentos. Os medicamentos que mais levaram ao quadro de intoxicação infantil foram os descongestionantes nasais, os analgésicos, os broncodilatadores, os anticonvulsivantes e os contraceptivos orais. A razão para a proporção aumentada apresentada na intoxicação por medicamentos, possivelmente, está relacionada a sua fácil disponibilidade nos domicílios, embalagem atrativa, sabor agradável, e sobretudo, à ausência de uma embalagem especial de proteção à criança. Conclusão: A exposição a agentes tóxicos é um evento comum no Brasil, sendo as crianças abaixo de cinco anos as mais acometidas. Os tóxicos mais envolvidos foram medicamentos, sendo que a via digestiva representou a grande porta de acesso às intoxicações. Os casos notificados, na maioria das vezes, evoluíram principalmente com cura sem sequela.
O I CALPED, cujo tema da sua primeira edição é "Protegendo a infância, preparando o futuro", surge no ano de 2022 com o intuito de promover a integração entre as ligas de pediatria das onze instituições parceiras: UniEVANGÉLICA, PUC Goiás, UniRV campus Aparecida, UniRV campus Goianésia, UniRV campus Rio Verde, UniRV campus Formosa, UNIFAN, UNIFIMES, UFG, UFCAT e UFJ.
Nosso evento contou com a presença de palestrantes de diferentes locais do Brasil, mesas-redondas e submissão de trabalhos científicos.
Comissão Organizadora do I Congresso Acadêmico das Ligas de Pediatria de Goiás
Comissão Organizadora
Rogério Fagundes Vicete
Deborah Gerrane Damásio Nascimento
Nalianna Alcântara de Queiroz
Isadora de Assis Moraes Souza
Mariana Akemy Lopes Iuasse
Alessa
Amanda Malheiros
Brunna Leonel Machado
Comissão Científica
Laura Vitória Melo Gomes
Mariana Blanco
Sibelle Moreira Fagundes
Barbara Cardoso
Bruno Eduardo Pádua Resende Sartin
Nicolle Lima Mutão Stival
Flávia Ferreira Costa
Rafaella Leal de Godoi Mesquita
cientificocalped@gmail.com
rogeriofv@hotmail.com